Foco no essencial
SAÍDADECAMPO
Portugal não passou a ser a melhor equipa do Mundo depois de ganhar a Gana, nem é a pior depois de ter perdido um jogo meio a feijões com a Coreia do Sul. Notou-se demasiado relaxamento na equipa, ainda para mais agravado com um arranque a ganhar. O objetivo do primeiro lugar manteve-se intacto, assim como o de evitar o Brasil no cruzamento dos oitavos de final – algo que esteve por um triz.
Mais uma vez, o tema é Cristiano Ronaldo.
A azia que mostrou no momento da substituição – bem percetível nas palavras em português, ditas na direção do banco de suplentes de Portugal, mas que afinal foram ditas para um jogador coreano que nem sequer estava por perto – é incompreensível, até porque naquela altura já se percebia que o destino de Portugal estava traçado. Aos 37 anos, Ronaldo mantém-se obcecado com vitórias e recordes, mesmo que isso não deva ser o foco de uma seleção como Portugal num Mundial.
Segue-se a Suíça.
Uma equipa que recentemente goleámos e com quem perdemos poucos dias depois. É óbvio que é um cruzamento melhor do que seria se tivesse sido o Brasil, mas desengane-se quem pensar que serão favas contadas. Se há lição que este Mundial já nos ensinou é que isso não existe.