Record (Portugal)

Mbappé e a lei do mais forte

- OPINIÃO Carlos Rodrigues Diretor-geral editorial da Cofina

çChegados a meio dos oitavos-de-final, numa altura em que faltam apenas 12 jogos para acabar o Mundial, já há dados suficiente­s para fazer alguns balanços.

Esta fase a eliminar tem sido o reino da lógica,

com a lei do mais forte a imperar. Até agora, todos os vencedores de grupos da primeira etapa da competição passaram aos quartos de final, e sempre com relativa facilidade (apesar do susto argentino). Isto pode ser um bom prenúncio para Portugal, que também venceu o seu grupo, e que em princípio parte como favorito para o duelo com os suíços.

A hierarquia entre as melhores seleções

também parece estar já definida, com os franceses alguns passos à frente de toda a habitual concorrênc­ia.

Os fundamento­s do jogo francês

são equivalent­es aos de outras seleções, incluindo a portuguesa. O jogo é baseado na circulação em todo o campo, na progressão em passes curtos ou muito seguros, e numa defesa centrada na ocupação do espaço relevante em frente à baliza e na zona da bola.

Porém, o fator que estabelece uma hierarquia

é Mbappé, que está na fase ascendente da carreira, ao contrário de Messi, Ronaldo ou Neymar.

Desde 1962 que um campeão do Mundo

não ganha duas vezes seguidas. Nesse ano, o Brasil, derrotou, na final, a Checoslová­quia por 3-1, em Santiago do Chile, e tornou-se o segundo bicampeão da História (a Itália tinha ganho 34 e 38, noutro contexto). Com Mbappé, 50 anos depois, a atual campeã do Mundo é forte candidata a revalidar o título conquistad­o na Rússia. A forma que Mbappé tem exibido em campo indicia que vai ser muito difícil derrotar a equipa gaulesa. Ora, se Portugal afastar a Suíça, deve ter a Espanha, e depois a França no seu caminho. Passa pela equipa de Fernando Santos contrariar a lei do mais forte e evitar de novo a marcha triunfal em Paris. Não seria a primeira vez.

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