Coloquem este fora-de-jogo em jogo
Vou voltar ao VAR, em especial aos lances de possíveis situações de fora-de-jogo, querendo deixar claro que não sou contra esta ferramenta que auxilia os árbitros e torna o jogo mais verdadeiro. Sou contra, isso sim, algumas das normas que os ‘donos da bola’ impuseram.
Hoje, basta ter o dedo mindinho para lá da famigerada linha e, pronto, golo anulado! Nos últimos dias, tem havido vários lances deste tipo e qualquer dia os jogadores terão de ter atenção ao comprimento das unhas e, quem sabe?, de outras saliências corporais, para não verem uma jogada, por vezes até espetacular, culminar numa anulação.
Reconheço que o fora-de-jogo sempre foi uma das mais controversas leis do futebol. Continua a ser. Basta seguir as discussões sobre a colocação das tais linhas e/ou o momento em que a bola parte. É uma questão de frame, diz-se. Para mim, o que se exige sobretudo é os ‘sábios’ que tratam das regras terem a clarividência para as alterar e lhes dar uma interpretação que torne o jogo mais dinâmico, atrativo e entusiasmante. Anular um golo por o seu autor ou um outro participante no lance estarem milímetros para lá da tal linha é absurdo. É tempo, por isso, de colocar este fora-de-jogo em jogo!
A derrota do Tottenham diante do Milan, para a Champions, fez-me recordar dados que recentemente vi publicados e que me apetece reproduzir: com os Spurs, a 7 de fevereiro de 2021, Mourinho tinha disputado 23 jogos, conquistado 39 pontos e ocupava o 5.º lugar na Premier. No mesmo dia, mas este ano, o ‘meraviglioso’ Conte tinha os mesmos jogos, os mesmos pontos e ocupava a mesma posição. Mas há uma diferença : o Tottenham de hoje é uma equipa que se reforçou com 380 M€. “Capito?”