PARA DECIDIR EM 24,4 KM
Tom Pidcock (Ineos) é o novo líder, após vencer no Malhão à frente de João Almeida (Emirates)
Um coisa parece certa: Filippo Ganna (Ineos) e Tobias Foss (Jumbo) são os favoritos a vencerem a última etapa da Volta ao Algarve, um contrarrelógio de 24,4 km, não fossem eles, respetivamente o recordista mundial da hora e o campeão mundial da especialidade. Mas será que o tempo que fizerem bastará para sucederem no palmarés a Remco Evenepoel? Italiano e norueguês acabaram por minimizar as perdas na chegada ao Malhão, estando a 31 e a 32 segundos, respetivamente de Thomas Pidcock (Ineos), o novo líder da corrida. O britânico foi dos primeiros a abrir as hostilidades nos últimos dois kms finais, juntamente com Ilan van Wilder (Soudal) e Kevin Vermaerke (DSM). Um pouco mais atrás seguia um grupo com Rui Costa (Intermarché) e João Almeida (Emirates), até que este impôs um ritmo forte – depois de o poveiro o ter feito numa primeira instância
FILIPPO GANNA (INEOS) E TOBIAS FROSS (JUMBO) SÃO FAVORITOS NO CRI E A VITÓRIA FINAL ATÉ PODE SORRIR A UM DELES
–, conseguindo a junção. Depois foi uma luta taco a taco com Pidcock pelo triunfo na 4ª etapa, a sorrir ao britânico, que vem de uma longa rodagem da temporada de ciclocrosse. “Ataquei pensando que a meta era no local da primeira passagem e não contava com a viragem a 70 metros. Temi ser ultrapassado, mas nestas situações não se pode pensar muito, o importante é dar tudo até ao fim”, explicou o ciclista da Ineos, que parte para a última etapa com vantagem muito curta para Ilan van Wilder (5 s)e João Almeida (7).“O único plano é ir no limite até ao fim”.
Depois de Rui Costa ter sido o português em evidência nos primeiros dias, pertence agora a João Almeida a esperança de a prova consagrar um português. “[Resultado de hoje] é muito positivo [para o contrarrelógio [de domingo]. Espero que corra bem”, disse Almeida, para depois explicar como se desenrolou a parte final da etapa do Malhão. “Fui ao início da subida muito sufocado, entrei mal posicionado. Não consegui ajudar o Rui na perseguição. Recuperei fôlego na parte menos plana e, depois, simplesmente dei tudo o que tinha. Fico triste por ter feito segundo, porque queria ganhar, mas o Pidcock estava mais forte”.
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