Adepto por um dia
Uma experiência no Vélodrome, a casa do Marselha, em que fomos brindados com uma atmosfera fervorosa e aquilo que tanto queríamos: um golo
Quando aterrámos em solo francês, entre risos, o primeiro comentário que ouvi foi: “São mesmo portugueses, chegam sempre atrasados.” Melhor receção era impossível e rapidamente quebrámos o gelo para aquela que era a minha primeira experiência futebolística em França. Em plena Côte D’Azur, está situada a segunda maior cidade do país – Marselha – e alberga um povo apaixonado.
Já reunidos com os restantes elementos que integraram a experiência VIP proporcionada pela Ligue 1, em parceria com a Eleven Sports, começaram a dizer-nos que o jogo que iríamos assistir, o Marselha-Monaco, iria ser uma das melhores noites da época e era esperada uma atmosfera fervorosa. Se as expectativas já eram altas, depois de saber que o estádio ia estar completamente lotado, a ansiedade começou a tomar conta de nós.
Fomos até ao Vélodrome, casa habitual do Marselha, e assim que chegámos percebemos a imponência do estádio. Iluminado com luzes que proporcionam uma coreografia é, de facto, um estádio bastante bonito por fora. Pelas ruas circundantes ao recinto de jogo, já havia milhares de adeptos, todos equipados a rigor com adereços do clube e à procura de encher a barriga antes da partida. Minutos antes do pontapé de saída, tivemos a oportunidade de ir até ao relvado e sentir o que um jogador de futebol vive em cada jogo. Caro leitor, não tenha dúvidas de que é uma sensação inexplicável ouvir ruído por todos os lados. Desde tambores, até às palmas, passando pelos mais diversos cânticos, é impossível não ser afetado por aquela atmosfera, sobretudo num estádio onde estão alguns dos adeptos mais inflamados do mundo: são sete claques Commando Ultra’84, Club des Amis de l’OM, South Winners, Fanatics, Dodger’s, Marseille Trop
Puissant e Handi Fan Club - e não se sentam, nem param de cantar um único minuto.
As equipas entraram no relvado ao som do Jump, a icónica música dos Van Halen, e o jogo lá começou. Sob o lema do clube ‘Droit au But’ (direito ao golo), a equipa de Igor Tudor foi construindo as primeiras jogadas de perigo. Com Nuno Tavares e Mbemba de um lado e com Gelson Martins do outro, ainda que como suplente, foram os monegascos a chegar primeiro ao golo, saindo em vantagem para o intervalo. No descanso, comentávamos que ir ao Vélodrome, ser adepto por um dia e não ver um golo do Marselha, era, como se diz na gíria, ir a Roma e não ver o papa. As nossas preces foram ouvidas e na primeira jogad
DIVIDIDAS PELOS DOIS TOPOS DO ESTÁDIO ESTÃO AS SETE CLAQUES E NÃO SE SENTAM NEM PARAM DE CANTAR UM MINUTO
a da 2ª parte, o inevitável Alexis ánchez marcou e o estádio veio a aixo.
a Commanderie
urante esta viagem, não podeíamos deixar de visitar a ‘La ommanderie’, a academia do clue que foi renomeada em 2009 ara Robert Louis-Dreyfus, em omenagem ao ex-presidente do mblema francês, falecido nesse esmo ano devido a leucemia. oi naquele espaço que nasceram ara o futebol craques como Sair Nasri ou os irmãos Ayew. om infraestruturas modernas, aquele centro de treinos respirae Marselha e tivemos a sorte de ar uns toques na bola num dos ários relvados que compõem a cademia.