Record (Portugal)

SAD COM PREJUÍZO DE 9,9 M€

Ligeira melhoria em comparação com o período homólogo, apesar do forte investimen­to

- JOSÉ MIGUEL MACHADO E RUI SOUSA

çA SAD do FC Porto apresentou um resultado negativo de 9,891 milhões de euros no 1º semestre de 2022/23, de acordo com o Relatório e Contas enviado ontem à Comissão do Mercado de Valores Mobiliário­s (CMVM). O valor é ligeiramen­te melhor do que obtido no mesmo período em 2021/22, que na altura foi de 10,329 milhões de euros negativos.

Um dos tradiciona­is pontos de interesse do documento prende-se com as movimentaç­ões de mercado e, no parâmetro das compras, a SAD gastou um valor acima de 42 M€, ao qual se acrescenta­m encargos adicionais superiores a 6 M€. A contrataçã­o de David Carmo (20,2 M€ pela aquisição do passe, além de 750 mil euros de encargos adicionais) é a fatia maior deste bolo; seguido de Veron (10,2 M€, com 2,2 M€ de encargos adicionais); Eustáquio (4,2 M€, com 50 mil euros de encargos) e André Franco (4 M€, com 64 mil euros de encargos). Quanto a Samuel Portugal, a SAD informou ter pago 2,5 milhões de euros por 55 por cento dos direitos económicos do jogador, informação deslocada em relação ao que Pinto da Costa havia dito na altura da contrataçã­o, quando revelou que o guarda-redes custou 1 M€ por 20 por cento dos direitos económicos.

No que a vendas diz respeito, os negócios incluídos foram os de Francisco Conceição (5 M€ de mais-valia, para o Ajax); Sérgio Oliveira (3 M€, para o Galatasara­y, com menos-valia de 820 euros); e Marchesín (1 M€, que rumou ao Celta de Vigo, com uma menos-valia de 989 mil euros).

CONTRATAÇíO DE VERON TEVE ENCARGOS ADICIONAIS DE 2,2 M€ E SAMUEL PORTUGAL (55%) CUSTOU 2,5 M€

Intermedia­ção a subir

Dentro do tal bolo de encargos adicionais na ordem dos 6 M€, a SAD especifico­u que os custos “com serviços de intermedia­ção nas aquisições de passes, bem como na negociação e renegociaç­ão de contratos de trabalho ascenderam a um total de 5,4 M€”, isto em contrapont­o com os 1,8 milhões de euros do período homólogo anterior.

Por fim, os custos com pessoal subiram de 38,78 M€ para 51 M€, um aumento em grande parte explicado pela necessidad­e de pagamentos de prémios relativos à conquistad­o do título, assim como de apuramento para a Champions e outras metas.

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RESPONSÁVE­IS. Pinto da Costa com Fernando Gomes, administra­dor para a área financeira

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