Record (Portugal)

AO SOM DO BOMBO TAMBÉM SE DESFRUTA

Admite que não assistiu a ópera em Chaves, mas gostou da música que a sua equipa produziu

- JOSÉ MIGUEL MACHADO

Sérgio Conceição não marcou presença na conferênci­a de imprensa após o triunfo frente ao Chaves e falou apenas na zona de entrevista­s rápidas da Sport TV. Aí, admitiu dificuldad­es para sair de Trás-os-Montes com os três pontos e utilizou as festas tradiciona­is daquela zona do país como analogia para o que se passou no gélido relvado flaviense. “Por vezes não se pode tocar violino, toca-se bombo. Foi uma vitória do realismo que demonstrám­os”, considerou o treinador, prosseguin­do no mesmo tom quando questionad­o sobre algumas opções inesperada­s no onze: “Ando há algumas semanas a fazer mexidas por gestão. Vou fazer uma analogia com as festas daqui: Toca-se muito bombo e é necessário tocar bombo. Nesse sentido, o onze foi o que deu mais garantias para que dentro dessa festa, a ópera, os jogadores dessem garantias de competênci­a. Foi isso que aconteceu e fiquei muito satisfeito com o Danny [Namaso] e o Toni [Martínez], trabalhara­m muito. Escolho sempre em função da semana de trabalho. O Pepê não fez um treino com a equipa durante a semana devido a um problema num pé... Os jogadores que estão têm de acrescenta­r alguma coisa e escolhi em função das dificuldad­es do jogo e fico feliz pela resposta de todos.”

Quanto às contas do campeonato, Conceição pede a atitude de sempre aos seus jogadores, deixando para maio as avaliações finais. “Máxima dedicação e empenho diário à procura da perfeição que não existe. Esse é o nosso trabalho. Honra a história do clube e a nossa mentalidad­e. Olhar para o próximo jogo e assim sucessivam­ente. Em maio fazemos as contas”, vincou.

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“POR VEZES NÃO SE PODE TOCAR VIOLINO, TOCA-SE BOMBO. FOI UMA VITÓRIA DO REALISMO QUE DEMONSTRÁM­OS”

“FOI UM BOM JOGO, BEM CONSEGUIDO. SEMPRE LIGADOS E A PERCEBER QUE O ADVERSÁRIO É SEMPRE DIFÍCIL. CHAVES É COMPLICADO, MAS ENTRÁMOS BEM, CRIÁMOS LOGO DUAS OU TRÊS OCASIÕES E A NOSSA VANTAGEM ERA JUSTA AO INTERVALO”

“A MENSAGEM AO INTERVALO FOI PARA CONTINUAR, PARA TER ATENÇÃO AO EQUILÍBRIO DEFENSIVO, PORQUE POR MAU POSICIONAM­ENTO NOSSO NO ATAQUE O CHAVES PODIA TER CRIADO PERIGO”

“NÃO REENTRÁMOS BEM E O CHAVES FEZ O GOLO. DEPOIS FOMOS GERINDO DE UMA FORMA QUE GOSTEI. POR VEZES NÃO SE PODE TOCAR VIOLINO, TOCA-SE BOMBO. FOI UMA VITÓRIA DO REALISMO QUE DEMONSTRÁM­OS”

“RECORDO-ME DE UMA OU OUTRA PERDA DE BOLA QUE NÃO PODEMOS PERDER E DEU ASCENDENTE AO CHAVES. NÓS É QUE DEVÍAMOS TER BOLA, MAS NO GERAL FOI UM JOGO COMPETENTE, MÉRITO DELES”

“MÁXIMA DEDICAÇÃO E EMPENHO DIÁRIO À PROCURA DA PERFEIÇÃO QUE NÃO EXISTE. ESSE É O NOSSO TRABALHO. É OLHAR PARA O PRÓXIMO JOGO E ASSIM SUCESSIVAM­ENTE. EM MAIO FAZEMOS AS CONTAS”

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