CHICOTE NÃO ANULA ESTA LEI DE MURPHY
Tudo o que podia correr mal ao Estoril, correu mesmo. Vizela voltou a espalhar bom futebol
Diz a Ley de Murphy: se existe a possibilidade de algo correr mal, correrá. Esta pode ser uma das explicações para o que aconteceu ao Estoril ontem, provando que a chicotada psicológica – com Ricardo Soares a estrear-se no lugar que era de Nélson Veríssimo – não consegue alterar um cenário destes em três ou quatro treinos. A bola pareceu queimar nos jogadores da casa, que ofereceram dois golos a uma equipa que, apesar de não vencer há quatro jogos, esteve
EQUIPA DE TULIPA VOLTOU A MOSTRAR QUE SABE BEM O QUE FAZER COM A BOLA E TAMBÉM FOI ADULTA A GERIR
sempre a transpirar confiança e, consequência disso, a jogar bem. Voltando à Lei de Murphy para explicar alguns momentos decisivos. Minuto 15: Pedro Álvaro, na defesa, faz um passe longo rasteiro para o corredor central, diretamente para um adversário, a bola escapa e Gamboa alivia de primeira mas acerta na cara de Mexer e sobra para Samu, que só precisou de passar ao isolado Osmajic para o 0-1. Minuto 41: o Vizela ataca pela direita, Igor Julião cruza rasteiro e Joãozinho, ao primeiro poste, desvia para a própria baliza. Perante estes dois casos, pouco mais o novo treinador podia fazer.
Na2ª parte,aequipadeTulipa, que continua a saber muito bem o que fazer com a bola e tem jogadores talentosos, resolveu não arriscar, até porque precisava de regressar às vitórias. Deixou o Estoril andar a trocar a bola, mas raramente permitiu jogadas de perigo para a baliza de Buntic. Geriu como uma equipa adulta e esperou por alguma ocasião para marcar mais. Aconteceu aos 83’, quando em dois toques Tomás Silva ficou isolado para superar Dani Figueira, no melhor golo da tarde e que tornou a derrota ainda mais dura para o Estoril.
*