João Mário faz de Draxler

A expectativa sobre um craque oriundo de grandes clubes da Europa é imensa. A memória é fértil quando nos lembrámos das chegadas de Iker Casillas, o regresso de Futre, Rui Costa, João Pinto, e tantos outros. Assim foi também quando Julian Draxler aterrou em Lisboa. Um jogador do poderoso PSG a emigrar para o Seixal foi motivo de regozijo e satisfação. Os encarnados entraram em euforia: jogador feito, boa idade, campeão do mundo e com quase 20 títulos em diversas competições.

Mas ainda que o futebol

seja cada vez mais científico, a verdade é que haverá sempre condicionalismos e obstáculos incomensuráveis. Existem milhares de variantes imprevisíveis. Daí a magia deste jogo, face às constantes incertezas até ao final, quer dos resultados, quer das performances dos jogadores. O segredo é que nada é adquirido antes de jogar. Assim, Draxler jogou pouco ou nada, exibiu-se de forma discreta e lesionou-se. Antes da Páscoa já está na Alemanha. Felizmente para o Benfica que surgiu uma nova estrela: João Mário. Que época de sonho está a fazer o médio português. Este é um jogador que jamais tinha sido visto nos relvados portugueses. Pensa, passa, corre e marca. Casos de insucesso são muitos mas tem havido sempre arte para os substituir. É o preço a pagar. O santo graal dos flops é Roberto, mas Kralj não esteve longe. Depois temos Benítez, Naby Sarr, Imbula, Adrián, Felipe Menezes, Pongolle, Ola John, Jara, Balboa, Jeffren, Depoitre, Freddy Adu, Castaignos, Bakhar, Shikabala, Moretto,Kim Dong Hyun etc e tal. Que lista memorável. Há que estar muito ciente que é preciso errar para poder acertar. Acerto gigantesco foi o quarentão Pepe, um exemplo fulcral, do tanto de bom que se fez e faz em Portugal.