JUÍZES SEM POUPANÇA
Conselho de Arbitragem não vai tomar medidas pois os dois árbitros são apenas suspeitos
Nuno Almeida e Manuel Mota vão continuar a apitar, sabe Record, por serem apenas suspeitos de benefícios ao Benfica em troca de contrapartidas e não acusados. Os dois árbitros estão a ser investigados pelo Ministério Público do Porto no processo de corrupção a envolver o Benfica, como noticiou ontem o ‘Correio da Manhã’. No entanto, o Conselho de Arbitragem (CA) entende que não faz sentido tomar quaisquer medidas, por agora, tendo em conta que os dois juizes não estão acusados.
A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), sabe o nosso jornal, também não pensa em pronunciar-se, pois não tem na sua posse os dados necessários acerca desta investigação para tomar uma posição oficial. À este organismo chegou, de resto, qualquer pedido dos árbitros, depois de verem os seus nomes envolvidos. Com 47 anos, Nuno Almeida, da AF Algarve, apitou o Benfica em 40 jogos oficiais, três deles na presente temporada. Esteve nos triunfos das águias nas casas de Famalicão (1-0), Estoril (5-1) e, mais recentemente, de Vizela (2-0). Antes, também apitou na Eusebio Cup, na vitória do Benfica frente ao Newcastle (3-2). Já Manuel Mota, de 45 anos e da AF Braga, participou em 25 partidas das águias. Em 2022/23, foi o árbitro principal na goleada diante do ao Arouca, por 4-0. Nuno Almeida está nomeado para o Sp. Braga-Rio Ave e Manuel Mota para o Santa Clara-V. Guimarães, ambos hoje. Estas são apenas duas de várias figuras ligadas à arbitragem referenciadas pelo MP em função deste caso. Como revelou a CNN na sexta-feira,Hugo Miguel e Bruno Esteves, que atualmente trabalham no vídeoárbitro, estão a ter as suas contas investigadas, bem como Ferreira Nunes, ex-vice-presidente do CA, os ex-árbitros Bruno Paixão, Jorge Ferreira e Adão Mendes e o delegado da Liga Nuno Cabral. *