Aposta na mobilidade
As dúvidas que surgem na cabeça de um treinador após uma derrota e com vários jogadores condicionados por castigo são muitas e Sérgio Conceição apostou num onze surpreendente, porque, além das ausências por expulsão, ainda deixou Taremi e Pepê no banco. Neste sentido, a equipa azul e branca entrou com uma equipa de mobilidade, principalmente no meio-campo. O sistema do FC Porto base foi o 4x2 x 3 x 1, com Eustáquio e Grujic no duplo pivot com Otávio, Namaso e Andrá Franco à sua frente, com Toni Martinez como Ponta de lança.
O que caracterizou a equipa azul e branca ofensivamente foi mobilidade, aproveitando o bloco médio do Chaves. Com espaço para construir, procurou desbloquear o jogo pelos médios, que mudavam constantemente de lugar, aparecendo muitas vezes nos corredores para criar situações de superioridade. O FC Porto chegou ao primeiro golo
[1], numa jogada onde aproveitou essa dinâmicas com Zaidu, Eustáquio, Otávio e Namaso, que fez uma excelente finalização. No golo anulado, na segunda parte, reforçando essa dinâmica, foi um movimento de André Franco no corredor que desbloqueou a pressão e abriu a linha defensiva do Chaves.
O Chaves variou entre um 4x4x2 ou 4x2x3x1 defensivo num bloco médio na maior parte do tempo. Foi uma equipa que, estando organizada, criou dificuldades ao conjunto de Sérgio Conceição, através de contra-ataques e ataques rápidos. Isto devia-se à coesão entre meio-campo e linha defensiva, fechando muitas vezes os espaços entre linhas, bem como ao aproveitamento das lacunas defensivas que a mobilidade do FC Porto tinha, principalmente em zonas de equilíbrios.
Desta forma a equipa flaviense foi conseguindo aproveitar tanto o despocionamento que havia no meio campo e atração da equipa aos corredores, que criava um grande espaçamento entre a linha média e a linha defensiva e no lado contrário ao da bola. Ou então como na grande oportunidade de golo [2] na primeira parte em que houve muitas trocas posicionais e algum espaço entre a linha defensiva azul e branca, com o Chaves a aproveitar uma escorregadela de Otávio.
O momento do jogo foi o segundo golo da equipa azul e branca [3], principalmente pelo momento em que foi marcado, destacando-se o estudo que é feito nas bolas paradas e a forma como Eustáquio, Otávio conseguram combinar, antes do ‘25’ marcar.