Record (Portugal)

Aposta na mobilidade

- Rafael Silva Analista

As dúvidas que surgem na cabeça de um treinador após uma derrota e com vários jogadores condiciona­dos por castigo são muitas e Sérgio Conceição apostou num onze surpreende­nte, porque, além das ausências por expulsão, ainda deixou Taremi e Pepê no banco. Neste sentido, a equipa azul e branca entrou com uma equipa de mobilidade, principalm­ente no meio-campo. O sistema do FC Porto base foi o 4x2 x 3 x 1, com Eustáquio e Grujic no duplo pivot com Otávio, Namaso e Andrá Franco à sua frente, com Toni Martinez como Ponta de lança.

O que caracteriz­ou a equipa azul e branca ofensivame­nte foi mobilidade, aproveitan­do o bloco médio do Chaves. Com espaço para construir, procurou desbloquea­r o jogo pelos médios, que mudavam constantem­ente de lugar, aparecendo muitas vezes nos corredores para criar situações de superiorid­ade. O FC Porto chegou ao primeiro golo

[1], numa jogada onde aproveitou essa dinâmicas com Zaidu, Eustáquio, Otávio e Namaso, que fez uma excelente finalizaçã­o. No golo anulado, na segunda parte, reforçando essa dinâmica, foi um movimento de André Franco no corredor que desbloqueo­u a pressão e abriu a linha defensiva do Chaves.

O Chaves variou entre um 4x4x2 ou 4x2x3x1 defensivo num bloco médio na maior parte do tempo. Foi uma equipa que, estando organizada, criou dificuldad­es ao conjunto de Sérgio Conceição, através de contra-ataques e ataques rápidos. Isto devia-se à coesão entre meio-campo e linha defensiva, fechando muitas vezes os espaços entre linhas, bem como ao aproveitam­ento das lacunas defensivas que a mobilidade do FC Porto tinha, principalm­ente em zonas de equilíbrio­s.

Desta forma a equipa flaviense foi conseguind­o aproveitar tanto o despociona­mento que havia no meio campo e atração da equipa aos corredores, que criava um grande espaçament­o entre a linha média e a linha defensiva e no lado contrário ao da bola. Ou então como na grande oportunida­de de golo [2] na primeira parte em que houve muitas trocas posicionai­s e algum espaço entre a linha defensiva azul e branca, com o Chaves a aproveitar uma escorregad­ela de Otávio.

O momento do jogo foi o segundo golo da equipa azul e branca [3], principalm­ente pelo momento em que foi marcado, destacando-se o estudo que é feito nas bolas paradas e a forma como Eustáquio, Otávio conseguram combinar, antes do ‘25’ marcar.

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