À volta de Odegaard

çConcluído o pagamento da dívida da construção do Emirates Stadium, na gestão de Arteta os ‘gunners’ investiram 417,5M€ nas contratações de craques como Odegaard, o norueguês que o Real Madrid não soube aproveitar e se converteu em Londres num dos melhores jogadores da Premier League. Quase metade do investimento (182,6M€) foi realizado nos dois últimos mercados de transferências. Nada de extraordinário no contexto inglês (só esta época, o Chelsea gastou 650M€, não sendo por acaso que ganhou ao Arsenal a corrida por Mudryk), mas totaliza mais do que os 171,37M€ que o Sporting investiu em jogadores no conjunto das últimas cinco épocas. Uma parte do investimento dos ‘gunners’ foi realizada no verão, quando assegurou Gabriel Jesus (51M€) e Zinchenko (34M€) junto do City e Fábio Vieira (30M€) do FC Porto. No fim de ano chegaram ainda o experimentado (31 anos) italobrasileiro Jorginho, que o Chelsea deixou sair por apenas 14M€, o jovem central polaco Jakub Kiwior, contratado ao Spezia por 20M€, e o guarda-redes norte-americano Matt Turner, comprado ao New England por 5,6M€. Os recém-chegados uniram-se a talentos prometedores saídos da formação, como Bukayo Saka e Nketiah, ou detetados muito cedo pelo scouting, como foram os casos dos jovens brasileiros Gabriel Magalhães (central) e Martinelli (ala). O rejuvenescimento baixou a média etária para 24,2 anos.

O Arsenal ameaça o domínio que o Liverpool e, principalmente, o City tiveram no futebol inglês nos últimos cinco anos. Teve a melhor primeira volta na história do clube e é uma equipa que pode ser equiparada à que ganhou o rótulo de ‘invencível’, com Wenger, Henry e Bergkamp... Transmite ambição, caráter e futebol ofensivo e, nos 35 jogos oficiais de 2022/23, sofreu apenas 6 derrotas. Nesses jogos marcou 71 golos, distribuídos por 18 marcadores. Saka e Martinelli, com 11 cada, e Nketiah e Odegaard, com 9, são os melhores. Gabriel Jesus só tem 5, porque está lesionado desde o Mundial.