Record (Portugal)

GP BEIRAS SOB O SIGNO DA SERRA

Competição, que volta com novo formato (quatro etapas em três dias), corre-se de amanhã até domingo e promete espetáculo no exigente cenário da Estrela

- ANDRÉ ANTUNES PEREIRA*

Por estes dias as atenções dos adeptos e fãs de ciclismo estão colocadas na Volta a Itália. Especialme­nte por cá, pois o ‘nosso’ João Almeida anda outra vez a brilhar no Giro e volta a fazer-nos sonhar com a camisola rosa. Mas, estimado leitor, a partir de amanhã e até domingo também haverá emoção nas estradas portuguesa­s, com a 5ª edição do

Grande Prémio Internacio­nal Beiras e Serra da Estrela. E o espetáculo está garantido da primeira até à última pedalada! Depois de três anos sem realizar-se devido às contingênc­ias da pandemia, a prova regressa com um novo figurino de quatro etapas em três dias. O pelotão irá pedalar quase 500 quilómetro­s e percorrer os 16 concelhos que integram a Associação de Municípios da Cova da Beira, sempre com a beleza, imponência e exigência da Serra da Estrela, ponto mais alto de Portugal continenta­l e palco mais mítico do ciclismo português como cenário. Amanhã, logo a abrir, há dose dupla e pela ‘fresquinha’ sai para a estrada um contrarrel­ógio por equipas, especialid­ade que é cada vez mais uma raridade nas provas nacionais e até internacio­nais, mas que é das mais espetacula­res. Apesar de serem apenas 15,8 quilómetro­s (km), entre Seia e Gouveia, serão criadas algumas diferenças e teremos o primeiro camisola amarela da corrida. À tarde, a caravana percorre 123,5 km entre Fornos de Algodres e Figueira de Castelo Rodrigo, com terreno acidentado e na qual poderá vingar uma fuga. Por outro lado, os sprinters têm aqui a primeira de duas oportunida­des para vencer. A outra - e

bem mais provável de suceder será no sábado, com os 176,8 km entre Penamacor e Pinhel. Para domingo, último e decisivo

dia, a organizaçã­o guardou o ‘bombom’ deste Grande Prémio com a chegada à Guarda. Naquela que será a ‘etapa rainha’, o pelotão sai do Fundão e, até à meta, enfrentará 123,5 km com três contagens de montanha: uma de 3ª categoria (Alpedrinha), outra de 2ª (Penhas Douradas) e, pelo meio, uma 1ª categoria na Torre com a subida feita pela Covilhã, considerad­a por muitos como a mais dura da Serra da Estrela.

Em termos de vitória final, os principais corredores das equipas portuguesa­s, bem mais familiariz­ados e habituados à dureza da

Serra da Estrela, perfilam-se como grandes favoritos, mas convém lembrar que nas quatro edições anteriores apenas um ciclista luso venceu (Joni Brandão). Depois, entre as formações estrangeir­as que vão marcar presença este ano, haverá certamente nomes que vão tentar surpreende­r e intrometer-se na luta não só da geral, como das outras três classifica­ções desta corrida que são os pontos, juventude e montanha.

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DUREZA. Pelotão enfrenta quatro etapas em três dias mas tudo só deverá ficar decidido na Torre
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AS CAMISOLAS. Nos 499,8 quilómetro­s de prova estarão em disputa quatro camisolas: a amarela Turismo do Centro para ao líder da classifica­ção geral; a verde Associação de Municípios da Cova da Beira para a classifica­ção por pontos; a azul Comunidade Intermunic­ipal das Beiras e Serra da Estrela para a geral da montanha; a branca ENERAREA para o melhor jovem

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