GP BEIRAS SOB O SIGNO DA SERRA
Competição, que volta com novo formato (quatro etapas em três dias), corre-se de amanhã até domingo e promete espetáculo no exigente cenário da Estrela
Por estes dias as atenções dos adeptos e fãs de ciclismo estão colocadas na Volta a Itália. Especialmente por cá, pois o ‘nosso’ João Almeida anda outra vez a brilhar no Giro e volta a fazer-nos sonhar com a camisola rosa. Mas, estimado leitor, a partir de amanhã e até domingo também haverá emoção nas estradas portuguesas, com a 5ª edição do
Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela. E o espetáculo está garantido da primeira até à última pedalada! Depois de três anos sem realizar-se devido às contingências da pandemia, a prova regressa com um novo figurino de quatro etapas em três dias. O pelotão irá pedalar quase 500 quilómetros e percorrer os 16 concelhos que integram a Associação de Municípios da Cova da Beira, sempre com a beleza, imponência e exigência da Serra da Estrela, ponto mais alto de Portugal continental e palco mais mítico do ciclismo português como cenário. Amanhã, logo a abrir, há dose dupla e pela ‘fresquinha’ sai para a estrada um contrarrelógio por equipas, especialidade que é cada vez mais uma raridade nas provas nacionais e até internacionais, mas que é das mais espetaculares. Apesar de serem apenas 15,8 quilómetros (km), entre Seia e Gouveia, serão criadas algumas diferenças e teremos o primeiro camisola amarela da corrida. À tarde, a caravana percorre 123,5 km entre Fornos de Algodres e Figueira de Castelo Rodrigo, com terreno acidentado e na qual poderá vingar uma fuga. Por outro lado, os sprinters têm aqui a primeira de duas oportunidades para vencer. A outra - e
bem mais provável de suceder será no sábado, com os 176,8 km entre Penamacor e Pinhel. Para domingo, último e decisivo
dia, a organização guardou o ‘bombom’ deste Grande Prémio com a chegada à Guarda. Naquela que será a ‘etapa rainha’, o pelotão sai do Fundão e, até à meta, enfrentará 123,5 km com três contagens de montanha: uma de 3ª categoria (Alpedrinha), outra de 2ª (Penhas Douradas) e, pelo meio, uma 1ª categoria na Torre com a subida feita pela Covilhã, considerada por muitos como a mais dura da Serra da Estrela.
Em termos de vitória final, os principais corredores das equipas portuguesas, bem mais familiarizados e habituados à dureza da
Serra da Estrela, perfilam-se como grandes favoritos, mas convém lembrar que nas quatro edições anteriores apenas um ciclista luso venceu (Joni Brandão). Depois, entre as formações estrangeiras que vão marcar presença este ano, haverá certamente nomes que vão tentar surpreender e intrometer-se na luta não só da geral, como das outras três classificações desta corrida que são os pontos, juventude e montanha.
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