ATLETAS E DIRIGENTES ENTRE 34 ARGUIDOS
AT revelou o resultado final da ‘Operação Penálti’, que implica 15 pessoas coletivas
A ‘Operação Penálti’ resultou na constituição de 34 arguidos, entre jogadores, agentes ou intermediários, advogados e dirigentes desportivos, sendo 15 pessoas coletivas, segundo informou a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Refira-se que as SAD de Benfica e Sporting foram céleres a confirmar a condição de arguidas, logo após a megaoperação realizada na semana passada. Em comunicado, a AT refere que as diligências efetuadas “visam a perseguição de ilícitos criminais tributários no universo abrangido (um dos que maiores volumes financeiros movimentam na economia portuguesa)”, indicando que estes poderão ter resultado na lesão da receita do Estado “em vários milhões de euros”. O fisco detalha agora que os negócios investigados se prendem com diversas realidades contratuais “tendo visado o recebimento de valores, inclusive em matéria de direitos de imagem, neste caso, com eventual participação de agentes/intermediários não residentes em território nacional, bem como com a contabilização de faturação não correspondente a negócios reais”. É ainda referido que estas transações procuravam “ocultar ou obstaculizar” a identificação dos reais beneficiários dos rendimentos evitando que fossem tributados em Portugal. Recorde-se que esta investigação visou o dinheiro movimentado em várias transferências de jogadores, envolvendo o cumprimento de 67 mandados de busca, sendo 36 mandados de busca domiciliária e 31 mandados de busca não domiciliária, três a SAD’s (Benfica, Sporting e FC Porto) e 28 a escritórios de advogados, gabinetes de contabilidade e empresas de agentes de desportivos. Realizaram-se também diligências nas casas de alguns jogadores do encarnados, como Gonçalo Guedes, Chiquinho e Vlachodimos.
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É REFERIDO QUE OS ILÍCITOS CRIMINAIS PODERÃO TER LESADO A RECEITA DO ESTADO EM VÁRIOS MILHÕES DE EUROS