Record (Portugal)

Opinião não é a lei

- CARTÃO BRANCO Luciano Gonçalves Presidente da APAF

27 de maio de 2023

Mais uma temporada que caminha para o fim e mais uma temporada em que pouco mudou no futebol em Portugal. Os árbitros foram, mais uma vez, o escape mais frequente para justificar insucessos, num ciclo repetido em que apenas muda a cor, ano após ano. É triste o espetáculo que se joga nas várias plataforma­s, mesmo que seja uma conversa que apenas se faz numa direção, pois não são os árbitros que a alimentam, e muitas vezes assente em ignorância sobre as leis de jogo e recomendaç­ões das instâncias internacio­nais.

Caso para dizer que há mesmo mentiras que, quando repetidas muitas vezes, passam a ser verdades.

Por, isso é de extrema importânci­a

que o Conselho de Arbitragem (CA), órgão responsáve­l pela formação dos árbitros do futebol profission­al, tenha por hábito explicarpu­blicamente algumas das decisões tomadas em campo, sejam corretas ou incorretas. Este será um passo importante na defesa dos árbitros e da valorizaçã­o do trabalho formativo que é realizado pelo próprio CA.

A bem da arbitragem

e dos seus árbitros, não se pode continuar a colocar equipas de arbitragem no ‘assador’ durante semanas a fio com base em opiniões pessoais de ex-árbitros, comentador­es desportivo­s ou de especialis­tas em quase tudo. Qualquer opinião de qualquer outra pessoa que não seja dos responsáve­is pela formação e pelas diretrizes dadas aos árbitros, será apenas isso… uma mera opinião pessoal, que em nada garante que seja a interpreta­ção correta das leis de jogo. A crítica e o erro farão sempre parte do jogo e nenhum árbitro poderá levar a mal quando o CA explicar uma decisão que eventualme­nte seja errada. Pois segurament­e que serão muito mais as explicaçõe­s que validam as suas decisões.

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