Record (Portugal)

Licenciame­nto

- José Miguel Sampaio e Nora Advogado

Acabada a fase regular das ligas profission­ais, as atenções viram-se para os processos de licenciame­nto, em que as sociedades desportiva­s que se apuraram no campo para participar numa determinad­a competição, são escrutinad­as no sentido de se apurar se efetivamen­te têm, ou não, condições para o efeito. Não é de agora que o mérito desportivo não chega, sendo que critérios económico-financeiro­s assumem hoje uma grande importânci­a no que toca ao licenciame­nto das sociedades desportiva­s.

Os mais cépticos, certamente, desconfiam das

decisões da ‘Comissão de Auditoria’, que decide este tipo de casos, mas não há qualquer fundamento para tal. Em primeiro lugar, dada a diversidad­e da sua constituiç­ão, conjugando diversas sensibilid­ades: Liga Portuguesa de Futebol Profission­al, Federação Portuguesa de Futebol, Sindicato dos Jogadores Profission­ais de Futebol e Associação Nacional de Treinadore­s de Futebol. Em segundo lugar, dado que as suas decisões, quer se concorde, ou não, têm sido confirmada­s pelos tribunais superiores, sendo a mais recente a que confirmou a rejeição da candidatur­a apresentad­a pelo Vitória de Setúbal. Por tudo isto, a LPFP propôs mesmo que a tal organismo fossem delegadas funções de controlo no âmbito da alteração do Regime Jurídico das Sociedades Desportiva­s. Por tudo o que deixei escrito anteriorme­nte, não posso deixar de aderir a esta ideia, tal como defendi nas “II Jornadas de Direito do Desporto”. josemiguel­nora@icloud.com

NÃO É DE AGORA QUE O MÉRITO DESPORTIVO NÃO CHEGA

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