MARCANO COM CONTAS A AJUSTAR
Perdeu a única decisão da Taça de Portugal que disputou e ficou ligado a um dos golos do Sp. Braga
No seu longo historial, FC Porto e Sp. Braga disputaram apenas três finais da Taça de Portugal, a última das quais na época 2015/16. Já lá vão sete anos e muita coisa mudou nas duas equipas de lá para cá. Só não mudou tudo porque há um jogador que parece ter feito questão de aguardar pela oportunidade de dragões e guerreiros se voltarem a encontrar no Jamor para ajustar contas com o passado. É ele Iván Marcano. O espanhol é o único resistente entre os 36 jogadores que constaram da ficha desse jogo que pode repetir a presença na final da Taça, no próximo domingo. Não só a maioria esmagadora dos jogadores
das duas equipas é diferente, como os próprios treinadores também mudaram, uma vez que os portistas eram comandados por José Peseiro e os arsenalistas por Paulo Fonseca. Marcano não guardou boas recordações desse duelo. Para além de o FC Porto ter saído derrotado, o espanhol ficou ligado de forma direta ao segundo golo do Sp. Braga, após um desentendimento com o guarda-redes Helton. Josué aproveitou esse momento de desconcentração e colocou os minhotos a vencer por dois tentos de diferença. André Silva, na altura o ponta-de-lança dos dragões, bisou e levou a decisão da Taça de Portugal para o prolongamento e, posteriormente, para os penáltis. Um esforço que se revelou inglório, dado que o Sp. Braga levou a melhor e ergueu o troféu, penalizando uma tarde de desacerto da defesa portista, onde a dupla de centrais formada por Marcano e Chidozie esteve em destaque pela negativa.
Protagonismo
Não tendo desfrutado, daí para cá, de uma oportunidade para vingar a derrota na única final da Taça de Portugal que disputou, o espanhol subirá ao relvado do Jamor, no domingo, com a intenção de juntar mais um troféu ao seu palmarés, do qual fazem parte conquistas em Portugal, Rússia e Grécia. Se nada de anormal acontecer até ao final da semana, Marcano terá a oportunidade de disputar o seu 41º jogo da época, o 40º como titular, o que diz bem da preponderância que recuperou na equipa a partir de novembro, altura em que ocupou o lugar de David Carmo. Desde que voltou ao onze, o experiente central só perdeu três encontros, todos por motivos disciplinares, mantendo sempre a concorrência à distância.
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