Record (Portugal)

Inteligênc­ia arbitral

- HORA DO CHÁ Eládio Paramés

çSempre ouvi dizer que uma arbitragem influencia­dora do resultado de um jogo não é aquela que ‘inclina’ o jogo para um lado. Na final da Liga Europa, foi o que se viu: um árbitro a inclinar o campo, desta vez para o lado dos espanhóis.

Taylor, o inglês escolhido

(pelo italiano Collina?) para dirigir o Sevilha-Roma foi isso que fez. Desde início foi evidente o critério desigual na amostragem das ‘cartolinas’, punindo os italianos e mostrando condescend­ência com os espanhóis. Reveja-se por exemplo o caso de Lamela, que não deveria ter chegado ao fim do jogo. Ou as várias entradas violentas sobre Dybala, não punidas com cartão amarelo.

Mas a atuação desastrada de Taylor

não ficou por aqui: deixou por assinalar uma grande penalidade contra o Sevilha, num lance claramente irregular que as várias repetições televisiva­s comprovara­m.

E foi assim que Mourinho perdeu

a sua sexta final europeia. Porque o Sevilha foi melhor equipa? Não. Tem melhores jogadores e melhores opções que o treinador da Roma, mas na final não foi incapaz de impor a sua superiorid­ade. E foram mesmo os romanistas que, à beira do fim, por duas vezes estiveram à beira de fazer história.

No final,

ficou claro que Mourinho exige mais do clube: um plantel com mais opções e mais qualidade, que lhe permita disputar as competiçõe­s em igualdade com os grandes de Itália e da Europa. Vai ser um trabalho espinhoso para Tiago Pinto, pois a Roma não nada em dinheiro e os seus proprietár­ios parecem mais apostados na construção de um estádio do que no investimen­to em jogadores. E está obrigada a encaixar receitas de 60 milhões de euros para cumprir o fair play financeiro.

Não estranhari­a

que Mourinho, apesar de gostar quer do clube, quer da cidade, decida pegar nas malas e zarpar para outras paragens.

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