Record (Portugal)

“ESTÁ NA ALTURA DE DAR O SALTO”

Lateral-direito, de 26 anos, concluiu a quarta época ao serviço dos flavienses. Tem contrato por mais dois anos, mas acredita que pode estar próximo o dia da mudança, garantindo dedicação total caso permaneça em Trás-os-Montes

- ANDRÉ GONÇALVES

Terminou a sua primeira época na 1.ª Liga. Qual o balanço?

JOÃO CORREIA – Foi uma temporada bem sucedida, onde realizei muitos jogos, apesar de ter tido uma lesão grave. Mas acabei por focar-me ao máximo em recuperar para poder acabar a época bem. Acho que foi uma temporada bem sucedida em termos individuai­s e coletivos.

Foi uma etapa importante após vários anos na 2.ª Liga?

JC – Sim, é verdade. Apesar de ter tido algumas propostas, muito antes desta última época, fui decidindo ficar. Subimos de divisão e o Chaves sempre me apoiou e sempre esteve comigo, fui renovando contrato e fiz a época que fiz. Já merecia isto há algum tempo, pelos jogos que fazia e pelas épocas bem sucedidas. Espero fazer muitas mais temporadas na 1ª

“O CHAVES CONTA COMIGO PARA A PRÓXIMA ÉPOCA E, SE FICAR, ESTAREI DE CORPO E ALMA COMO SEMPRE FIZ”

Liga, porque acho que tenho potencial para isso e é lá que quero continuar.

Tendo 26 anos, considera que chegou tarde ao escalão maior?

JC – Não. Acho que não cheguei tarde. Tive propostas muito antes de clubes de 1ª Liga, mas fui decidindo ficar na 2ª Liga para ter mais minutos, os objetivos eram diferentes. Ainda vou a tempo de conquistar coisas muito boas em termos individuai­s e coletivos. Todos os projetos que tive na 2ª Liga foram coisas que me iriam trazer mais benefícios e assim decidi. Achava e acho que não é tarde, tenho muitos anos pela frente e as coisas vão correr bem.

Contraiu uma lesão em janeiro, voltou a jogar apenas em abril. Foi prejudicia­l em termos de projeção?

JC – Tive uma lesão num tendão do adutor esquerdo que me afastou muito tempo. Agora sinto-me bem e realizado pelas coisas que consegui fazer depois de voltar de lesão e estou grato a todas as pessoas que me apoiaram, pois a lesão mexeu um pouco com o meu lado mental, mas sinto-me bem e estou focado na nova época. Faço tudo sem limitações e sem dores. Estou bem!

Tem contrato com o Chaves até 2025. Vai continuar ou poderá sair este verão?

JC – Acho que está na altura de dar o salto, também o mereço pelos anos todos que represente­i o Chaves, por tudo o que conquistei, por todas as coisas boas que fiz aqui. Na verdade, acredito que possamos conversar e tentar resolver o futuro. Acredito que posso dar o salto, mas há coisas que não dependem só de mim e tenho contrato em vigor.

Mas há propostas concretas?

JC – Sim, algumas ofertas concretas. O clube e o meu empresário têm analisado e conversado, até comigo, então estamos a ver a melhor forma de fazer as coisas para que possamos sair todos beneficiad­os. Pelas informaçõe­s que tenho essas propostas são do estrangeir­o.

E o que lhe tem transmitid­o o Chaves?

JC – O clube sempre se mostrou satisfeito com o meu trabalho, por um lado não me quer perder, pois sempre fui um jogador importante. São coisas que têm de ser bem conversada­s. Certamente contam comigo para a próxima época e, caso acabe por ficar, estarei aqui de corpo e alma como sempre fiz até ao dia de hoje. Vou apresentar-me no dia 29 [hoje], pois tenho contrato. Não sei o que pode acontecer depois, mas enquanto tiver contrato em vigor vou respeitar o clube e as minhas obrigações.

O que é que o Chaves deve perspetiva­r para 2023/24?

JC – O Chaves vai tentar potenciar muitos jogadores jovens como tem feito até agora. Também é bom e isso traz coisas boas para o clube. Vai fazer uma equipa bem competitiv­a e as pessoas que vêm chegam com mentalidad­e de dar o máximo pelo clube e pela cidade. É importante trazer gente boa e com vontade de trabalhar.

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