CARRAZEDENSE TEM SUB-19 PROFISSIONAIS
Líder do clube revela que são 14 jogadores nesta situação. Recebem o ordenado mínimo
O escândalo Bsports, academia investigada por alegado tráfico de jogadores, veio trazer à luz do dia a discussão em torno dos estrangeiros que vêm parar ao futebol europeu e, neste caso, a Portugal. Fala-se de um modelo de negócio que, pelo que consta, todos ganham menos os jogadores. Mas será assim tão linear? Em Trás-os-Montes, o Forte Carrazedense, clube filiado da Associação de Futebol de Bragança desde 2022, contou, na última época, com 14 jogadores estrangeiros
profissionais no plantel sub-19, equipa que terminou o campeonato distrital do referido escalão no segundo lugar. Paulo César, ex-jogador de futebol, com passagem pelo Benfica B, é o responsável do clube transmontano e garante que não há qualquer ilegalidade quanto à situação dos atletas em Portugal. “Somos obrigados a fazer contratos profissionais com os jogadores estrangeiros e há um controlo por parte do SEF”, assegurou o empresário a Record. O dirigente ítalo-brasileiro explica que há jogadores que chegam ao clube para uma fase experimental “de 30 a 40 dias” e que nesse período são os próprios a assumir as despesas de alimentação e estadia. Se um jogador revelar qualidade e corresponder ao que é pretendido pelo clube é contratado. A partir daí, o grau de investimento no jogador depende do seu nível. “Se for realmente um talento nós assumimos todas as despesas. Depois, há aqueles casos em que chegámos a um acordo com o empresário do atleta em questão e, por exemplo, nós pagamos o ordenado e o empresário a estadia e alimentação”, explicou. Paulo César adiantou que aos 14 jogadores inscritos como profissionais é lhes pago “um ordenado mínimo”.
No total, segundo o responsável do Forte Carrazedense, o clube teve uma despesa de cerca de 100 mil euros com os atletas na última temporada. Um valor assegurado por “patrocínios, e investidores”, sendo que Paulo César admite também contribuir se for necessário.
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