PENA MÁXIMA
José Rodrigues, ex-técnico da extinta W52-FC Porto, apanha suspensão de 25 anos
O ex-diretor adjunto e massagista da extinta W52-FC Porto, José Rodrigues, foi suspenso por 25 anos, naquela que foi a pena mais pesada de sempre em Portugal aplicada pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP). O ex-técnico apanhou a pena máxima por posse de substâncias e métodos proibidos na sequência do processo ‘Prova Limpa’, tendo de cumprir a sanção entre 7 de setembro de 2022 e 6 de setembro de 2047, por “posse de betametazona, efedrina, metanfetamina, fenetilina, hormona de crescimento humano, IGF, EPO, anfetamina, corticotrofina, hidrocortisona e glucocorticoides”, segundo a ADoP. Segundo a acusação, divulgada pela agência Lusa, o diretor desportivo Nuno Ribeiro e o seu adjunto, José Rodrigues, “com o conhecimento e anuência” de Adriano Quintanilha, patrão da equipa, e do diretor geral Hugo Veloso, “adquiririam, entregaram e decidiram que os seus ciclistas teriam que administrar” substâncias “que constam na lista de substâncias e métodos proibidos.” Para o DIAP do Porto, “Adriano Sousa, Hugo Veloso e Nuno Ribeiro agiram sempre em conjugação de esforços e de intentos mediante um plano por eles elaborado, de dependência hierárquica profissional que os ciclistas da [...] W52-FC Porto tinham de si, para os determinarem a consumirem substâncias ilícitas e a utilizarem métodos que sabiam ser proibidos”, a fim de “obterem vantagens patrimoniais e não patrimoniais para a equipa.” Os três, assim como José Rodrigues, “abusaram da sua profissão de modo grave, violando os deveres de atuarem em prol do desenvolvimento desportivo da modalidade e dos ciclistas e da verdade desportiva, incentivando e promovendo a dopagem de praticantes.” José Rodrigues teve 10 dias para recorrer do castigo da ADoP, mas não o fez, pelo que a sanção tem efeito imediato.
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A SANÇÃO, APLICADA NO ÂMBITO DO PROCESSO ‘PROVA LIMPA, É A MAIS PESADA DE SEMPRE EM PORTUGAL