Record (Portugal)

“Nunca direi nunca quanto a presidir à Federação”

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Qual a razão para a perceção do mundo de futebol ser a de que acabará por se candidatar à presidênci­a da FPF apesar de ter assumido recentemen­te a liderança da European Leagues?

PP – Estou absolutame­nte focado naquilo que faço todos os dias. E deixe-me dizer que o faço com muito empenho e com um prazer imenso. Sou gestor de profissão. Quando terminei o meu curso de gestão de empresas já era árbitro de futebol e, portanto, sou um privilegia­do porque consigo juntar as minhas duas grandes paixões, podendo fazer o que faço hoje, que é gerir uma indústria como a do futebol profission­al. Estou muitíssimo satisfeito no lugar onde estou. Acordo todos os dias extremamen­te motivado e satisfeito por aquilo que faço. Ter sido eleito, e ter sido eleita a Liga Portugal, para presidir aos destinos da European Leagues, deixou-me extremamen­te satisfeito e orgulhoso. Direi que, de certa forma, é óbvio que as pessoas possam olhar para nós como a alternativ­a a qualquer coisa. Se me dissessem há dois meses que era presidente European Leagues, eu diria que era algo em que não pensava.

Mesmo não sendo a prioridade admite ter de ceder a uma vaga de fundo que seja criada para liderar a Federação?

PP – Dir-lhe-ei que se há coisa que a vida já me ensinou, foi que nunca direi que nunca farei qualquer coisa. Aquilo que lhe posso dizer é que estou muito satisfeito no que estou a fazer. Depois, segundo julgo saber, ainda há mais um ano de mandato do Dr. Fernando Gomes, que aproveito a oportunida­de também para elogiar o extraordin­ário trabalho que tem realizado. Aliás, que toda a sua direção executiva realizou nestes últimos 12 anos. Obviamente, também nesta altura, faço questão de deixar uma palavra de elogio ao Dr. Gilberto Madaíl, que iniciou um processo em 1996, que culminou em 2011 e que depois foi potenciado pelo Dr. Fernando Gomes. Felizmente, a Federação Portuguesa de Futebol tem tido extraordin­ários presidente­s, como tem tido também extraordin­ários jogadores, extraordin­ários clubes, associaçõe­s distritais, associaçõe­s de classe.

Felizmente para o futebol português. Voltamos sempre ao que faço questão de sublinhar. Nós, às vezes, não sabemos é dar o verdadeiro valor que o futebol português efetivamen­te tem.

Está confiante de que conseguirá evitar perda de verbas da UEFA por parte de Portugal?

PP – Daí a importânci­a tão grande de, neste momento, termos à frente dos desígnios da European League um português, e que é defensor das ligas médias e pequenas. Um dos grandes pontos que vai ser discutido com a UEFA é a redistribu­ição das verbas do pós-2024. Sabemos da abertura da própria UEFA para que esta discussão seja feita de forma equilibrad­a. Se alimentarm­os as disparidad­es daqueles que mais ganham para os que menos ganham, depois teremos competiçõe­s com falta de registo competitiv­o e é isso que não queremos. Esta será uma discussão onde a Liga Portugal, e obviamente o presidente das ligas europeias, terá uma palavra fundamenta­l.

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“DE CERTA FORMA É ÓBVIO QUE AS PESSOAS POSSAM OLHAR PARA NÓS COMO ALTERNATIV­A A QUALQUER COISA...”

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