UMA BATALHA ENTRE FORÇAS DESIGUAIS
Japão, Coreia do Sul, Austrália, Arábia e Irão são candidatos a roubar título ao anfitrião Qatar
Pouco mais de um ano depois de ter sido palco do Mundial, o Qatar recebe, a partir de hoje, a 17ª edição da Taça da Ásia. Depois de um ano agitado, à boleia do investimento na liga saudita, a prova estará sob os holofotes do mundo do futebol, mas os candidatos são os mesmos de sempre. Os anfitriões abrem esta tarde (16h) as hostilidades frente ao Líbano e vão tentar defender o título conquistado há quatro anos, depois de um final de 2023 marcado pela saída inesperada do selecionador Carlos Queiroz. Uma tarefa hercúlea, como explica a Record Bruno Pinheiro, técnico com passagem pelo Al Sadd e pelas seleções jovens qataris. “Em termos de organização vai ser um sucesso, mas não vejo o Qatar com capacidade de repetir o título. Além da troca de treinador, está a haver dificuldades em renovar a seleção e a concorrência é forte”, aponta o português, que identifica um “super-Japão”, de Morita, como principal candidato: “Tem uma seleção fantástica e está em grande forma.” Os nipónicos seguem numa série de dez vitórias, que incluiu uma goleada (4-1) à Alemanha, e serão o alvo a abater. “A Coreia do Sul e a Arábia Saudita também aparecem com equipas fortes. E
BRUNO PINHEIRO, TÉCNICO QUE DIRIGIU AS SELEÇÕES JOVENS DO QATAR, APONTA UM “SUPER-JAPÃO” COMO FAVORITO
o Irão [de Taremi] é sempre competitivo.” O lote fica completo com a Austrália, que chegou sempre, pelo menos, aos quartos de final desde que começou a disputar a prova em 2007. No outro extremo estão países da parte inferior do ranking FIFA como Hong Kong (151º), Indonésia (146º) ou Malásia (130º). “Não creio que haja surpresas, mas no futebol tudo é possível”, remata Bruno Pinheiro.
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