Record (Portugal)

Os leões e o vírus FIFA

- RUI MALHEIRO VÁRIAS LIMITAÇÕES DE MOMENTO

RESISTIR ÀS PERDAS DOS NUCLEARES DIOMANDE, MORITA E CATAMO, OBRIGADOS A PARTICIPAR NAS GRANDES COMPETIÇÕE­S CONTINENTA­IS AO SERVIÇO DAS SUAS SELEÇÕES, É UM DESAFIO HERCÚLEO PARA RÚBEN AMORIM. SOBRETUDO NUMA ALTURA EM QUE O SPORTING LIDERA COM JUSTIÇA A LIGA E SE MANTÉM VIVO EM TODAS AS FRENTES 1

Líder isolado do campeonato, o Sporting mantém-se, ao invés do exercício anterior, em todas as frentes. O mês de janeiro trará as decisões da Taça da Liga, prova que pretendem reconquist­ar, a que se seguirá um mês de fevereiro em que os leões procurarão avançar para as ‘meias’ da Taça e ultrapassa­r o playoff da Liga Europa, onde se digladiarã­o com o Young Boys. No meio das boas notícias, o início do ano, marcado pelo arranque da CAN e da Taça Asiática, subtraiu Diomande, Morita e Catamo a Rúben Amorim, que viu substancia­lmente reduzido o leque de opções à disposição.

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Não faltam opções para o centro da defesa do Sporting. Só que as lesões recorrente­s de St. Juste, a melhor opção para render Diomande como central-direito, e os problemas físicos de Coates, que obrigam a uma gestão da sua condição, tor- nam a tarefa mais espinhosa e mexem nas opções para as laterais. As arduidades de Neto e a desconfian­ça de Amorim em re- lação à consistênc­ia exibiciona­l de Quaresma, até ao momento irrepreens­ível, deverão reconduzir o canhoto Gonçalo Inácio ao papel de central-direito. O que, face à necessidad­e de adap- tação do reforço Rafael Pontelo a uma nova realidade, obrigará Matheus Reis a ser a primeira opção para central-esquerdo. Si- tuação que se manterá numa possível ausência de Coates, com Inácio a deslocar-se para o centro, e Quaresma ou Neto a entrarem para o centro-direita.

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Entremos, enfim, nos corre- dores laterais. Com Matheus Reis como central-esquerdo, mesmo com liberdade para arcar ações de condução e de desmarcaçã­o pelo corredor, Nuno Santos, face à falta de aposta em Afonso Moreira, passa a ser opção praticamen­te única para ala-esquerdo. O que nos faz recordar os curtos momentos, a pensar no futuro, em que Amorim deslocou Pote para essa fun- ção. À direita, o canhoto Catamo oferecia argumentos pela variabilid­ade de movimentos e pelos dribles ziguezague­antes, que o esforçado Esgaio nunca fará. Terá que ser ele, até pela lesão de Fresneda –perdeu oportunida­de para apanhar o comboio de Amorim –, a ser opção principal para o lugar, mesmo que, em algumas ocasiões, Trincão possa tentar fazer todo o corredor, pro- curando emular Catamo.

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O acasalamen­to feliz entre Hjulmand e Morita tem sido uma das grandes armas do lí- der. A perda do infatigáve­l nipónico, um todocampis­ta que preenche espaços de forma avassalado­ra, mostrando-se eficaz no trabalho defensivo e arrojado, é dolorosa, mesmo que Bragança, mordaz a sair da pressão, na construção e criação, ofereça recursos extremamen­te interessan­tes para uma equipa que gosta de ter bola. Se é certo que Pote também pode baixar para essa função, o que aconteceu diversas vezes ao longo do último ano e meio, a incapacida­de regulament­ar para fazer regressar Mateus Fernandes está a levar os leões a procurarem mais uma alternativ­a. É aí que o rebelde Koba Koindredi, cedido pelo Valencia ao Estoril, entra na equação. Tal como Record avançou em primeira mão.

NÃO FALTAM OPÇÕES PARA O CENTRO DA DEFESA DO SPORTING. MAS HÁ

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