Armada lusófona na CAN
A mais extensa participação de países lusófonos no Campeonato Africano das Nações será composta por Guiné-Bissau, Cabo Verde, Moçambique e Angola. Os guineenses, liderados por Baciro Candé, estarão na abertura ante a anfitriã Costa do Marfim, participando no Grupo A, onde os costamarfinenses e a Nigéria, de José Peseiro, são favoritos. Organizados em 4x1x4x1, com Mama Baldé e Franculino Djú (autor de 12 golos pelo Midtjylland) como referências, a que se juntam Edgar Ié e Carlos Mané, a imposição à Guiné Equatorial poderá ajudar a atingir a fase seguinte como um dos melhores terceiros. É o mesmo desafio que se coloca a Cabo Verde, orientado por Bubista, e a Moçambique, chefiada por Chiquinho Conde, que partilham o Grupo B com os favoritos Egito, onde Rui Vitória conduz o superlativo Salah, e Gana, que contará com a efervercência de Kudus, Iñaki Williams e Fatawu. Os caboverdianos, fieis ao 4x2x3x1/4x3x3, com Ryan Mendes, Garry Rodrigues e Bebé a formarem o trio ofensivo, reforçado por Jovane, estão num melhor momento do que os moçambicanos, que se costumam organizar em 4x1x4x1, em que Catamo, a partir da direita, assume o papel de protagonista, secundado por Clésio, Witi, Reinildo e Bruno Langa. Já Angola, sob a orientação do luso Pedro Gonçalves, procurará impor-se a Burkina Faso e à Mauritânia no Grupo D, onde a Argélia assume favoritismo. A elasticidade tática dos angolanos, capazes de alternar o 3x4x1x2/3x4x2x1 com o 4x1x4x1, poderá ser crucial, com o promissor Zito Luvumbo, pescado pelo Cagliari, a arrogar o papel de desequilibrador. Kialonda Gaspar comanda o setor defensivo, enquanto Show, Beni Mukendi, Keliano e Fredy robustecem a zona central do terreno.