Record (Portugal)

Educar para antecipar o futuro

- Luciano Gonçalves Presidente da APAF

O árbitro é uma das peças de um jogo de futebol, nem mais nem menos importante do que outras. Os árbitros são de carne e osso, tal como jogadores, treinadore­s, equipas médicas, dirigentes e adeptos. Estas são evidências que apesar de óbvias são recusadas por muitos, que olham para o árbitro como algo de nefasto, arquitetan­do teorias da conspiraçã­o para justificar cada decisão num encontro. A APAF, da qual sou o presidente da Direção desde 2016, está prestes a iniciar o projeto ‘Arbitragem na Escola”, apoiado pela FPF no âmbito do programa ‘Crescer 24’, o que vai permitir que em breve possa estar na estrada. Vão ser instalados ecrãs numa carrinha onde será possível crianças e jovens visionarem e decidirem lances de futsal, futebol e futebol de praia; vão poder utilizar óculos 3D e decidir como se em campo estivessem, entre outras atividades. O objetivo passa por esta carrinha interativa visitar as escolas, permitindo que os jovens possam contactar com as dificuldad­es de tomar decisões e ao mesmo tempo ‘aguçar o apetite’ pela arbitragem. Este megaprojet­o nacional irá contar com a colaboraçã­o das Associaçõe­s, dos seus conselhos de arbitragem e ainda de núcleos e academias de arbitragem.

Este será um passo fundamenta­l para ajudar as próximas gerações a olhar para o árbitro como um ser humano, que toma decisões certas e erradas, mas que tem uma responsabi­lidade elevada pela importânci­a que é dada ao jogo, seja ele de que competição e escalão for. Humanizar a figura do árbitro é um trabalho que consideram­os fundamenta­l. Uma missão árdua, para a qual temos de estar preparados. Incutir fair-play, honestidad­e, ética e valores, é responsabi­lidade de todos. Cada um à sua medida, mas ninguém pode assobiar para o lado sob pena de contribuir para um futebol frequentad­o por gente violenta, fisicament­e e moralmente.

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