AUTARQUIA ABRE PORTA À ACADEMIA

Presidente da Câmara da Maia confirmou que a hasta pública dos terrenos está para breve

O presidente da Câmara Municipal da Maia manifestou a convicção de que as obras da Academia do FC Porto vão arrancar este ano, partilhando de um desejo assumido por Pinto da Costa e pelo arquiteto Manuel Salgado, autor do projeto. “Acredito piamente, é para isso que se desenhou e desenvolveu todo o projeto”, revelou António Silva Tiago, ontem, em conversa com a comunicação social. De acordo com as informações recolhidas por Record, assim que se realize a hasta pública, prevista para este mês ou fevereiro, e o FC Porto adquira os terrenos, as máquinas estarão prontas a avançar, o que poderá acontecer ainda antes das eleições, em abril. De resto, o edil maiato deu conta do seu otimismo relativamente à forma como se está a desencadear todo o processo. “O FC Porto já avançou com o seu projeto, há uma parte do terreno que é nossa e vamos colocá-la à venda em hasta pública. Quando o fizermos, o FC Porto, ou quem quiser, vai à hasta pública e compra-a. Os valores base são perfeitamente corretos, feitos a partir de uma avaliação isenta e credenciada por uma equipadeperitosavaliadores,abasefica definida e quem pagar mais fica com o terreno. Se for o FC Porto, fará aquilo que pretende, a academia que deseja e necessita, e nós ficaremos satisfeitos que isso aconteça”, referiu o edil maiato, apontado uma data para esse capítulo decisivo para o início das obras no terreno. “Entre este mês de janeiro e fevereiro estaremos em condições de abrir a hasta pública.”

Valor não está definido

Certo é que, segundo António Silva Tiago, não houve qualquer alteração nos planos, mesmo tendo em conta o facto de as eleições do FC Porto se realizarem em abril e Pinto da Costa ter apontado a academia como um dos pilares para a sua recandidatura à presidência dos dragões.

“A hasta pública é algo que já estava combinado, foi temporizado. Tivemos que fazer o plano, depois o FC Porto teve de desenvolver a sua parte do projeto, em seguida tivemos de fazer um conjunto de procedimentos para podermos lançar a hasta pública. A altura era entre o final do ano passado e o início deste ano. Já estava estabelecido, conversado e combinado antes do verão”, explicou o presidente da CM Maia, não avançando com um valor para os cerca de 10 hectares de terreno pertencentes ao município. “O valor está a ser definido, a equipa de avaliação está a ultimar o relatório que me fará chegar a mim e a uma comissão criada na Câmara. Depois faremos uma Assembleia Municipal extraordinária para aprovar a hasta pública. Quando uma câmara quer vender uma propriedade, é esse o procedimento. Assim, a propriedade fica para quem a comprar, neste caso para o FC Porto, não fica concecionado por 20, 30 ou 40 anos, fica em pleno”, vincou António Silva Tiago, assumindo que tem estado em contacto com os responsáveis do FC Porto.

“O FC PORTO FARÁ A ACADEMIA QUE DESEJA E NECESSITA, E NÓS FICAREMOS SATISFEITOS QUE ISSO ACONTEÇA” ANTÓNIO SILVA TIAGO, Presidente da CM Maia

Boavista parado

Mais complexo é o caso do Boavista, que também solicitou um terreno para a sua academia no mesmo espaço (Parque Metropolitano da Maia), mas cujo processo se encontra parado. “Julgo que é apenas uma questão financeira. Definimos o sítio, eles desenvolveram o projeto, agora estamos a aguardar que evoluam. Desde o verão não nos contactaram mais. É uma questão que cabe a eles”, referiu o edil maiato.

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