APAGÃO TOTAL
Borges e Sousa perdem de forma clara na Davis e Portugal precisa agora de um milagre em Turku
A seleção portuguesa da Taça Davis viveu ontem um dia para esquecer em Turku, na Finlândia, e vai precisar hoje de um pequeno milagre para dar a volta ao playoff de qualificação e conseguir apurar-se pela primeira vez na história para o Grupo Mundial, agora denominado de Davis Cup Finals, com a fase de grupos agendada para setembro. A equipa comandada por Rui Machado chegou à Finlândia cheia de sonhos e com ambição, mas saiu vergada a duas derrotas claras nos dois primeiros encontros de singulares, em que Nuno Borges e João Sousa acabaram por passar completamente ao lado da ocasião.
Vindo de uma quinzena histórica em Melbourne, Borges, 47º ATP e tenista mais bem cotado entre todos os presentes nesta eliminatória, foi uma sombra do jogador que brilhou rumo aos ‘oitavos’ do Open da Austrália e perdeu de forma clara com o local Otto Virtanen (166º) mas grande estrela da caminhada nórdica rumo às meias-finais da Davis de 2023, por 6-2 e 6-1, em apenas 61 minutos.
Os quase 10 mil espectadores que encheram a Gatorade Arena de Turku tiveram depois mais razões para festejar, quando Emil Ruusuvuori (55º) ofereceu novo ponto à Finlândia, derrotando João Sousa (245º) por 6-2 e 6-3, em 1h10. Foi uma reedição da final do ATP 250 de Pune, em 2022, então ganha por João Sousa. O vimaranense de 34 anos faz história ao competir pela 17ª temporada seguida na Davis. E pode muito bem ser a última...
“Não conseguimos jogar ao mesmo nível que os nossos adversários”, lamento Rui Machado. Hoje, Portugal não tem outra alternativa que não tentar fazer... o que nunca conseguiu: virar uma eliminatória de 0-2 abaixo. O primeiro obstáculo é o encontro de pares, com Borges e Francisco Cabral a subirem ao court.
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