DESTINADO A VENCER
Seleção Nacional volta hoje a Portugal, com Diogo Ribeiro a trazer duas medalhas de ouro
A Seleção Nacional chega esta manhã (10h35) a Portugal após a histórica participação no Qatar, onde familiares, amigos, dirigentes e amantes do desporto vão aplaudir ao vivo os heróis de Doha, com destaque para o Rei Diogo Ribeiro, que traz consigo duas inéditas medalhas de ouro, confirmando o desígnio que o seu destino é... vencer. E de forma a ajudar-nos a perceber como era o campeão mundial dos 50 e 100 metros mariposa antes de dar o salto para a ribalta, Record conversou com André Vaz, o último treinador do prodígio antes de mudar-se para o Centro de Alto Rendimento do Jamor e passar a representar o Benfica: conheceu-o com 11 anos, quando era técnico do Clube Náutico Académico de Coimbra e mudou-se com ele para o União de Coimbra, ao qual estiveram vinculados até 2021. “Era muito miúdo. Não pode dizer-se que era um fora de série, mas estava a um bom nível no panorama regional e nacional. No percurso comigo, foram cinco épocas de muito trabalho. Foi traçado um plano, ano a ano, e o Diogo cumpria muito bem e correspondia sempre da melhor forma, em termos competitivos”, confidencia-nos o técnico, de 30 anos, que trabalha atualmente numa academia do Dubai. “Estou muito satisfeito, porque fui treinador dele e, nos últimos dois, três anos, já se começava a perspetivar que o Diogo tinha condições para atingir resultados que Portugal nunca tinha tido. Ele tem 19 anos, tem pela frente pelo menos três ciclos olímpicos e vai disputar medalhas olímpicas. Não quer dizer que seja já nestes Jogos [Paris’ 2024], mas tem condições de a médio-longo prazo disputar sempre medalhas olímpicas e em todas as competições internacionais”, defende, antes de apresentar o lado mais humano de Diogo Ribeiro. “Ele é daquelas pessoas que, se confiar, é extrovertido, amigo do seu amigo, uma pessoa boa de se estar. Nas últimas conversas que tive com ele, notei que ele tem amadurecido e está cada vez mais focado naquilo que são os objetivos dele a longo prazo”, sublinhou André Vaz, sobre o menino que já tem três medalhas em Mundiais e que quer fazer história em Paris.
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“ELE TEM AMADURECIDO E ESTÁ CADA VEZ MAIS FOCADO NAQUILO QUE SÃO OS OBJETIVOS DELE A LONGO PRAZO” ANDRÉ VAZ, Antigo treinador