AMORIM SEM ANTÍDOTO PARA BENFICA OFENSIVO
Treinador verde e branco ainda não venceu Schmidt e já viu o rival sair de um dérbi a rir
Em Portugal não há muitos treinadores que se possam gabar de ainda não terem perdido com Rúben Amorim. Roger Schmidt é um dos logrados a quem o técnico do Sporting ainda não conseguiu vencer. É que em 3 jogos, o alemão levou uma vez a melhor e empatou outras duas. Por esta altura, em Alcochete, o português estará a procurar um antídoto para conseguir abater as águias no dérbi de hoje para a Taça de Portugal. Mas, afinal, onde é que tem persistido a diferença? Com recurso aos dados estatísticos dos 3 jogos já disputados entre os dois treinadores – os 2 da época passada para o campeonato e o desta temporada, também para a Liga –, percebe-se que o Benfica tem tido um ascendente sobre o rival, que só consegue ser melhor nos duelos ganhos e... em faltas cometidas. Contudo, importa frisar que, no jogo da 1ª volta, os encarnados jogaram em superioridade numérica desde o minuto 50, por expulsão de Gonçalo Inácio. Um ponto que salta logo à vista é a capacidade ofensiva do conjunto encarnado. Pelo menos a aptidão de se instalar no meio-campo adversário e que, naturalmente, permite uma maior criação de oportunidades, ainda que não se tenha traduzido em tantos golos como certamente desejariam. Começando pelos golos, só no último dérbi houve diferença, já que foi nesse que o Benfica conquistou a primeira vitória. Porém,
nos remates as águias superiorizaram-se ao vizinho e têm mais 15 disparos efetuados e mais 5 que acertaram no alvo. De resto, como já foi referido, a turma da Luz tem jogado mais tempo para lá da linha do meio-campo e já colecionou mais 26 ações na área do oponente, o que também ajuda a compreender o porquê de terem mais remates que o Sporting.
Normalmente, quando uma equipa passa mais tempo com a bola no pé, é normal que falhe mais passes. Mas tal não se verifica nos dérbis. É que o Benfica, apesar de ter mais posse de bola, apresenta uma eficácia maior que os leões no momento de entregar o esférico – 83,31% contra 80,34%. Esta tendência alastra-se também à execução de cruzamentos – 18 contra 10 – e nos dribles completos – 32 contra 30. Um outro ponto curioso de análise é a zona do campo em que os pupilos de Schmidt recuperam a bola, uma vez que, em três jogos frente ao Sporting, conquistaram 27 vezes a posse de bola no último terço.
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NOS DUELOS ENTRE ESTES TÉCNICOS, ENCARNADOS SUPERAM O VIZINHO EM QUASE TODOS OS DADOS ESTATÍSTICOS