Saudade e insultos
Recentemente desapareceram do nosso meio pessoas com quem tive o privilégio de conviver e das quais guardo a melhor das recordações. Desde logo, recordo Artur Jorge, que tive a oportunidade de conhecer melhor aquando da sua passagem pelo Vitória SC, integrando a equipa técnica então liderada por José Maria Pedroto, à qual também pertencia António Morais. Na altura, encontrava-me a desempenhar as funções de treinador da equipa de juniores daquele clube. Relebro também Rui Rodrigues, internacional que também conheci no referido clube. Um companheiro de grande elevação.
Recordo ainda Alexandre Batista, jogador do Sporting e da Seleção, não pelos momentos que com ele privei, mas por nele sobressaírem a excelência em pessoa, como comprovaram as referências de todos quantos tiveram oportunidade de conviver com ele.
Mais recentemente, também nos deixou o AntónioPedro Vasconcelos, homem do cinema, que tive oportunidade de conhecer no conselho de opinião da RTP. Uma personalidade do cinema, reconhecido por competência, controverso, frontal, leal, cavalheiro, com quem dava o prazer de conversar, sobretudo de cinema, televisão e, pois claro, futebol.
Relativamente aos lamentáveis insultos do diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, ao treinador Abel Ferreira, que naturalmente repudio, apenas dar nota que os mesmos não devem ter lugar no futebol e, muito menos, em qualquer sociedade desenvolvida. Os treinadores estrangeiros, nomeadamente os brasileiros, foram, são e serão sempre bem recebidos no nosso país. Recordamos o importante contributo que cada um, à sua maneira, aportou ao futebol português e que todos soubemos aproveitar.