Sentimento de missão
Anunciei há poucos dias a minha recandidatura à presidência da APAF. Avanço por considerar que o trabalho da minha equipa está incompleto. Assim vou colocar a minha lista à consideração dos sócios da APAF nas eleições marcadas para o próximo dia 28 de março.
Não o fiz antes por considerar que não devia condicionar os sócios que, eventualmente, tivessem a intenção de apresentar a sua candidatura aos órgãos sociais da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol. Para o período de 2024 a 2028, há desafios fundamentais que devem ser desenvolvidos. Desde logo a profissionalização para permitir que os árbitros possam ter uma carreira contributiva, com direitos e deveres, como acontece com qualquer outra profissão. A comunicação e humanização da figura do árbitro, porque de uma vez por todas o árbitro tem de ser visto como qualquer outro agente, é inaceitável que possa continuar a ser o saco de pancada das frustrações dos outros. A necessidade de aumentar de forma considerável a retenção dos jovens árbitros é um tema muito importante e que deve merecer uma reflexão de todos.
Claro que não posso deixar de referir a construção do Centro de Estágios, complexo que vai receber a nossa cada vez mais ativa Academia APAF. O projeto está numa fase muito adiantada e é público que o iremos fazer em Óbidos. Esta é uma obra que pode ser um marco histórico para a arbitragem, nacional e internacional, tendo em conta que não existe em mais lado nenhum um edifício específico e direcionado preferencialmente para a arbitragem. Obrigado à FPF pela oportunidade e pela fundamental acção no desenvolvimento deste projeto, aguardamos apenas a sua luz verde para arrancarmos com a obra.
Para terminar, duas notas.
Que os sócios da APAF nunca percam o sentido crítico e construtivo e que todos os que estão ligados ao mundo da arbitragem tenham a noção que continua a haver muito para fazer. Mãos à obra!