Cordeiro em pele de lobo A visita
Talvez me engane, mas dá-me ideia de que o terceiro candidato às eleições do FC Porto, Nuno Lobo de seu nome, não passa de um falso candidato, uma lebre a correr a favor da candidatura de Pinto da Costa. É mais o tempo que ele gasta a fazer o elogio do actual presidente e a criticar ferozmente a candidatura de Villas-Boas do que a apresentar um programa ou uma ideia própria, se é que os tem. Sem equipa, sem programa e sem finalidade visível, é provável que dentro em breve venha a desistir a favor de Pinto da Costa. Se assim acontecer, explicará então qual o sentido.
Fábio Veríssimo inaugurou no Rio Ave-Sp. Braga a modalidade de explicar publicamente e na hora a razão por que o VAR tinha decidido (e com a sua concordância) anular um golo ao Braga, que lhe teria dado a vitória por 1-0. Não vi o jogo nem o lance, mas do que li pareceu-me mais uma daquelas decisões que, se bem que fundamentadas nas sempre evolutivas regras do jogo, estão a tornar as intervenções do VAR uma coisa cada vez mais odiosa: anulam golos lindos por hipotéticos centímetros, outros por regras que contrariam décadas de prática pacífica de futebol, ou assinalam penáltis de bradar aos céus. Como quer que seja, calha a todos, se bem que a uns mais do que a outros e o Sp. Braga até é dos que menos se podem queixar. Mas não foi o que entendeu António Salvador que, não contente com a explicação pública, foi à cabine do árbitro, no final do jogo, exigir uma explicação privada. Reza a crónica de Record que o terá feito de forma muito cordata, o que não invalida o insólito precedente: e se fosse o presidente do FC Porto a ir à cabine do árbitro, o que não iria já para aí de gritaria escandalizada?