“Ainda sou sócio do Sporting”
Pedro Gil confessa que sair dos leões foi mais difícil do que decidir terminar a carreira
São os últimos meses de Pedro Gil a jogar. Aos 43 anos, o internacional espanhol que marcou o hóquei em patins em Portugal nas últimas duas décadas prepara o adeus ao serviço dos italianos do Forte dei Marmi. “Vai acabar o ciclo mais bonito da minha vida”, assume a Record o catalão que esteve 15 anos em Portugal: dois no Infante Sagres, oito no FC Porto e cinco no Sporting. Polémico e talentoso, Pedro Gil continua a ser um ídolo para adeptos de dragões e leões pela entrega e profissionalismo.
Ganhou notoriedade no FC Porto, clube pelo qual ganhou sete campeonatos. “Quando cheguei era novo e havia grandes jogadores como Tó Neves, Paulo Alves, Filipe Santos, Alberto Orlandi. O Reinaldo Ventura era mais novo, mas todos tinham muita qualidade. Quando vês estes jogadores pensas ‘onde me enfio?’.” Seguiu para Itália, em 2012, após deixar o Dragão, mas regressaria a Portugal em 2016 pela porta do Sporting, clube que lhe deixou muitas saudades e alguma mágoa após ter rescindido em 2021. Venceu duas Ligas dos Campeões em Alvalade. “Tive muita pena. Custou-me mais essa decisão do que esta [de terminar a carreira]. Foram anos maravilhosos, onde fui muito bem tratado. Tenho uma grande estima ao Sporting, é o único clube que continuo a ser sócio”, atira Pedro Gil que explica os motivos da saída. “Sentia que estava a ser uma sombra pesada para a equipa técnica. A ideia era acabar o contrato e terminar a carreira no Sporting”, revela.
Respeito e a Catalunha
Ao nome de Pedro Gil são associado troféus, talento, mas também a fama de ‘durão’. “Desde pequeno que me tentei fazer respeitar. Mas poucos jogadores podem dizer que o Pedro Gil batia primeiro”, conta o catalão, filho de pais andaluzes, e que é contra a independência da região. “Em pequeno não percebia por que razão na escola era tudo dado em catalão. Nunca me explicaram bem a independência”, conta Gil, adepto do Real Madrid. *