“Há muito apoio à equipa e a mim”
Treinador sabia que estaria sujeito à crítica, mas diz que estas lhe passam ao lado: “Estou num planeta diferente”
Depois de uma temporada em que o Benfica dominou praticamente do início ao fim e Roger Schmidt foi muito acarinhado pelos adeptos, esta época as coisas têm sido diferentes. O técnico já não é uma figura consensual e tem sido apupado pelos adeptos, mas garante que isso são coisas que lhe passam ao lado. “Estou num planeta diferente”, explicou.
“Como disse há algumas semanas, se treinamos o Benfica, as críticas existem. É quase impossível que não haja críticas. O que reconheço é que há muito apoio à nossa equipa e a mim. Faço parte da equipa do Benfica.
Não sou importante, a única coisa importante é o Benfica. Tento estar completamente concentrado na minha equipa. Sei que, se a equipa jogar bem e conquistar títulos, toda a gente fica satisfeita. Quando empatamos, ou perdemos, há muitas críticas, o que é normal”, apontou. Na antevisão ao encontro com o Casa Pia, aproveitou para deixar uma mensagem às “pessoas negativas”. “Conheço bem o futebol e sei que, para os media, quando a equipa não está tão bem, há foco nisso, por ser o que interessa às pessoas. Não podemos fingir que todos são negativos em relação à equipa, a mim ou ao Benfica. As pessoas negativas são sempre as que fazem mais ruído, no futebol como na sociedade. Há muita negatividade no mundo, e no futebol também. Sei disso e não me deixo afetar.”
Sem medo da crítica
Schmidt, de 57 anos, reforçou que está apenas preocupado em conduzir a equipa aos triunfos e que isso não se se consegue com conversas e reuniões. “Estou totalmente focado em preparar a equipa para vencer jogos, pois a única solução, especialmente nos momentos difíceis, está em campo. Não consigo resolver problemas em reuniões, discussões ou entrevistas, só em campo. Só posso resolver problemas em campo, vencendo jogos. É o que todos esperam”, anotou. Garantindo que não se deixa afetar, vincou: “Se queremos conquistar títulos, temos de ter o apoio dos adeptos e convencê-los de que damos tudo para sermos uma boa equipa.” O que importa, disse, é o encontro de hoje: “O nosso objetivo é focarmo-nos no jogo com o Casa Pia, para conseguirmos os três pontos. Sabemos que o Casa Pia, com o novo treinador, está muito estável outra vez.”
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“AS PESSOAS NEGATIVAS SÃO SEMPRE AS QUE FAZEM MAIS RUÍDO, NO FUTEBOL COMO NA SOCIEDADE”, SUBLINHOU
boa gestão. Defrontar duas vezes o Sporting é desgastante a nível físico e mental. São fases cíclicas de decisões”, alerta.
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