REGRESSO AMARGO
Seleção não escondeu a frustração por falhar Paris’2024, mas já aponta baterias a LA’2028
Uma parte da comitiva da Seleção portuguesa aterrou ontem no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, com o natural sentimento de frustração por ter falhado a segunda presença consecutiva nuns Jogos Olímpicos. O sonho ficou pelo caminho depois da derrota (30-27) com a Hungria, num duelo em que até o empate servia às pretensões portuguesas. A verdade é que aconteceu o pior cenário, deixando de fora de Paris’2024 uma das melhores seleções nacionais de sempre.
“Não conseguimos a qualificação, que era o objetivo, e, por isso, as sensações não são boas. Temos muita qualidade enquanto seleção, estamos ao nível das primeiras oito do mundo, isso é bom para nós, mas temos de continuar a trabalhar, porque falta qualquer coisa para darmos o saltinho”, referiu Alexis Borges, em declarações a Record.
O pivô do Benfica admitiu que esperava dificuldades na Hungria, pelo ambiente adverso no pavilhão, mas garante que a equipa portuguesa “não entrou a pensar no empate”, apesar de ser
ALEXIS BORGES E FRANCISCO COSTA CONSIDERAM QUE PORTUGAL TEM UMA DAS MELHORES SELEÇÕES DO MUNDO
um resultado que garantiria a qualificação para os Jogos. Apesar da desilusão, o luso-cubano, de 32 anos, acredita que ainda estará nas olimpíadas de 2028, em Los Angeles, depois da presença em Tóquio’2020. “É o sonho de qualquer atleta e espero estar ainda em forma para poder participar”, referiu.
Estreia adiada
Francisco Costa tem 19 anos e é o atleta mais novo do plantel de Portugal. A possibilidade de se estrear nuns Jogos Olímpicos esfumou-se, mas o lateral direito do Sporting apenas vê esse objetivo a ser adiado por quatro anos... “Saímos da Hungria com um sentimento amargo, podíamos ter dado mais e chegar aos Jogos Olímpicos, mas não se pode ganhar sempre”, sublinhou. Agora, promete toda a determinação para estar nos Estados Unidos. “Era um sonho estar nos Jogos Olímpicos em França, porque é o patamar mais alto de um atleta. Não foram estes, mas queremos continuar a crescer para lá estar daqui a quatro anos em Los Angeles”. Francisco Costa sublinha ainda que os Heróis do Mar têm “alguns dos melhores jogadores do mundo.”
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