O dito plano com estratégia
9 de abril de 2024
Plano estratégico. Ciclicamente, a agenda do desporto em Portugal é marcada pela “ausência de um plano estratégico”. A propósito de tudo (os resultados desportivos que não correspondem a expectativas muitas vezes desmedidas) e de nada (a necessidade de fazer prova de vida), à esquerda, à direita, a norte ou a sul, as vozes de protagonistas com acesso aos meios de comunicação social fazem-se ouvir na arena mediática para reclamar o dito “plano estratégico”.
Quando dão substância à
ideia, essas vozes falam invariavelmente na articulação a fazer entre o desporto escolar e o desporto federado, mas também na preocupação que as assalta quanto aos baixos índices de prática de atividade física, em Portugal. E param por aí.
Vamos ao dicionário e o que lemos acerca de “plano”? “Projeto, desígnio, intenção, fito”. Já a “estratégia” é a “combinação engenhosa para conseguir um fim”. Planos haverá, portanto, muitos, com o fito de transformar Portugal num país a praticar desporto, aliado a um setor do alto rendimento em ascensão, capaz de apanhar o primeiro comboio europeu. O problema está na estratégia. Como fazer? Aí é quase só fumaça. Ou, como diz a sabedoria popular, há muitos vultos a falar, mas pouca claridade no pensamento.
Agora que, pela primeira
vez em muitos anos, Portugal vai ter um secretário de Estado do Desporto que já estava no desporto, as expectativas quanto ao “como se faz” são fundadamente altas.
PLANOS HAVERÁ. O PROBLEMA ESTÁ NA ESTRATÉGIA. COMO FAZER? AÍ É QUASE SÓ FUMAÇA