Prefere a sombra e gosta de andar perto da equipa
Andoni Zubizarreta é o trunfo que André Villas-Boas tem reservado para a fase final da campanha das eleições no FC Porto e experiência não falta ao antigo guarda-redes internacional espanhol que durante a sua vasta carreira como jogador acumulou quatro fases finais de Mundiais e três Europeus.
Agora com 62 anos, o basco, nascido em Vitória, pode entrar no FC Porto para assumir uma função de diretor desportivo que já conheceu em três clubes diferentes, e num total de 12 épocas, nomeadamente Athletic Bilbao, Barcelona e Marselha. Foi aí, no sul de França, que apostou em Villas-Boas, isto depois do então técnico ter treinado pela última vez em 2017, nos chineses do Shanghai SIPG. Zubizarreta haveria de deixar o Vélodrome em 2020 e há quem garanta que foi precisamente esse divórcio que acabou por levar mais tarde a saída do treinador, já em janeiro de 2021.
O momento da saída do espanhol foi marcado pela deterioração do seu relacionamento com o seu presidente Jacques-Henri Eyraud, principalmente por divergências de opinião sobre o teor da aposta que seria feita para a temporada seguinte. Certo é que depois dessa experiência, o antigo guardião, que acumulou uns incríveis 958 jogos na sua carreira, incluindo-se aqui 126 internacionalizações por Espanha, e 15 títulos no currículo, entre eles uma Taça dos Campeões Europeus, não mais assumiu qualquer projeto, ele que foi sempre visto como um líder muito sereno, que preferia andar na sombra e sempre o mais perto possível da equipa, fazendo a necessária ponte para a cúpula diretiva.
*