CABEÇA PARA CIMA TAMBÉM DÁ VERTIGEM
Vitória resgata ponto frente ao Farense com golo no final, mas falha sonho do assalto ao pódio
O ditado não é exatamente assim, mas, por vezes, é mesmo melhor um ponto na mão do que três a voar. Que o diga o Vitória, que só não perdeu em casa diante do Farense porque Jorge Fernandes surgiu que nem pronto-socorro em plenos descontos a resgatar o empate. Um desfecho indesejado para os da casa, atendendo a que só um triunfo permitiria o assalto imediato ao pódio, mas que, olhando à desinspiração generalizada e à derrota iminente, foi um mal menor. A cidade de Guimarães bem tentou empurrar o Vitória para cima, mas a cabeça tanto olhou para o alto que a vertigem fez-se sentir. A entrada em campo é, aliás, paradigmática. Tirando um lance de Jota Silva contra o Mundo, os visitados entraram amorfos, ansiosos talvez. Em contrapartida, o Farense, sustentado em transições venenosas e em Belloumi , apresentou-se acutilante e não só chegou à vantagem com todo o mérito, como podia ter ido para o intervalo com uma vantagem maior, não fosse Bruno Varela. Da equipa da casa só se viu um golaço de João Mendes que não contou e que foi a primeira de duas infelicidades para o jogador, que viria a sair por lesão aos 44 minutos. Ao intervalo, Álvaro Pacheco lançou André André e Nuno Santos,
devolvendo Jota à ala, depois de falhada a aposta de o ter como falso avançado. A alteração melhorou o Vitória, mas faltou sempre inspiração na hora de finalizar. Algo que não teve também Marco Matias, aos 59’, quando teve tudo para o 0-2.
O tempo passava e nada resultava, nem mesmo o 4x4x2 com Nélson Oliveira e Butzke em simultâneo. Com efeito, o empate adivinhava-se, até que, aos 90’+6, Jorge Fernandes, que havia ficado mal no 0-1, alterou o final, com um cabeceamento bem lá no alto.
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