Record (Portugal)

“CAMPEONATO É MUITO COMPETITIV­O”

- ORLANDO FERNANDES * * LIGA PORTUGAL

Formado no São Paulo, João Paulo atravessou o Atlântico para a primeira aventura europeia na UD Oliveirens­e, onde diz ter-se encontrado, não só como jogador, mas também como pessoa. A viver uma das melhores épocas da carreira, assume-se “feliz” em Portugal, mas revela ambição para o futuro e acredita que a equipa está no “caminho certo” para garantir a manutenção na Liga Portugal SABSEG

LP – Quando e onde o futebol começou para si?

JP – Começou na minha pequena cidade, Tietê. Com seis anos comecei a ter o gosto de jogar futebol e fui para a formação do São Paulo com nove anos, onde fiz carreira até aos 19. O futebol sempre foi a minha vida e não me vejo a fazer outra coisa.

LP – Nos anos seguintes represento­u alguns clubes brasileiro­s. Como foram esses tempos?

JP – Foram muito bons. Passei por clubes de renome do nordeste do Brasil e foi muito interessan­te, porque era jovem e consegui conviver com jogadores experiente­s. Também joguei no Criciúma, onde estava a ser tudo perfeito, mas tive uma lesão e acabei por sair.

LP – No início da época atravessou o Atlântico para ingressar na UD Oliveirens­e. Quase um ano depois, acredita ter sido a melhor decisão para dar continuida­de à sua carreira?

JP – Sem dúvida. Sinto que a Europa é o meu lugar. Aqui encontrei-me, não só como jogador, mas também como pessoa. Todos gostam de treinar e de trabalhar para melhorar. Foi uma mudança muito boa na minha vida.

LP – Leva 31 jogos esta época e é o jogador da UD Oliveirens­e com mais participaç­ões em golos. Como tem visto a sua temporada?

JP – Está esta a ser uma das minhas melhores épocas. Estou muito feliz, mas ainda não é o que eu quero, porque tenho muito para conquistar. A nível coletivo, vamos ter um jogo difícil frente ao FC Porto B [hoje], mas vejo a equipa muito mais preparada para conseguir o nosso objetivo.

LP – O último jogo foi o momento alto até agora? [n.d.r marcou dois golos no triunfo frente ao SL Benfica B]

JP – Foi, sem dúvida. Estou a ter mais minutos e, estando lá dentro, tudo fica mais fácil. Vou ganhando mais confiança e com golos é ainda melhor. Mas se só vierem vitórias, já está ótimo. LP – Esta última vitória deu uma motivação extra na luta pela manutenção?

JP – Estávamos a precisar. Foi um jejum de 10 jogos sem vencer e não era por falta de trabalho, nem por jogarmos pior do que o adversário, mas estavam a faltar os golos e alguma maturidade. Acho que agora estamos no caminho certo para garantir a manutenção.

LP – A Liga Portugal SABSEG é muito competitiv­a e diz-se que só quem a joga é que consegue perceber. É mesmo assim?

JP – Há muita luta e entrega de todas as equipas. É um campeonato muito competitiv­o, onde há muitos jogadores e treinadore­s de qualidade. É difícil para todos, para as equipas que querem subir e também para as que lutam pela manutenção.

LP – Neste primeiro ano em Portugal, como avalia o futebol português?

JP – Estou a gostar muito. O futebol tem muita qualidade, a grande maioria dos jogadores são taticament­e quase perfeitos, evoluídos e seguem à risca aquilo que lhes é pedido.

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“SINTO QUE A EUROPA É O MEU LUGAR. AQUI ENCONTREI-ME, NÃO SÓ COMO JOGADOR MAS TAMBÉM COMO PESSOA”

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