“Não vou viver isto em mais lado nenhum”
Com o seu nome até em Times Square, recorda o quão perfeito tem sido trabalhar no Sporting
Numa altura em que vê o seu nome por toda a parte – apareceu, inclusive, em Times Square, num rodapé noticioso, quando negou as conversas com o Liverpool –, Rúben Amorim vai aproveitando para deixar... provas de paixão ao leão, que abraçou em março de 2020 e onde tem tido a sorte de ganhar, vinca, mas também margem para perder. “As críticas de que fui alvo no início não eram críticas – eram factos. Tinha pouca experiência e tempo como treinador. Depois, também caí num cenário onde tive o [Hugo] Viana como diretor-desportivo e o presidente [Frederico Varandas] a confiar em mim – e por isso é que pagou o que pagou, numa fase muito difícil. Tudo aquilo que vivo aqui, tenho a certeza absoluta que não vou viver em mais lado nenhum. Foi perfeito para alguém como eu, com pouca experiência, poder falhar várias vezes”, disse na Sala de Imprensa António Capela, na Academia, numa das conferências mais longas da época, até ver (20 minutos), antes de detalhar os fatores que lhe garantiram essa longevidade. “No início a expectativa era muito baixa, o que ajuda sempre. Quando fomos campeões na primeira época [completa], isso deu-nos uma margem muito grande; depois, mantivemos o nível e lutámos até ao fim pelo segundo campeonato; no ano seguinte, sim, tivemos uma quebra muito grande; aí, se fosse ao contrário, se o 4º lugar fosse no primeiro ano, eu não estaria aqui e tenho plena noção disso. Eu tenho muita sorte. No ano do 4º lugar tínhamos aquela margem toda, além de uma identidade bem vincada – e isso também ajuda. Os adeptos não sentiram que a equipa estava perdida. Foi grande parte sorte, porque a ordem, sendo invertida… Não há nada de mágico. A ordem das coisas foi perfeita”, rematou, sorridente, Rúben.
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“FOI PERFEITO, PARA ALGUÉM COM POUCA EXPERIÊNCIA, PODER FALHAR TANTAS VEZES. TENHO MUITA SORTE”, ATIRA