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A Herdade da Amada em Elvas, no Baixo-Alentejo, adquirida pela família Marvanejo em 2018, tem uma história que remonta a 1636. Originalmente uma exploração agrícola, a propriedade destacou-se no século XIX ao plantar amoreiras para a criação de bichos-da-seda. Seu nome deriva de Brites Amada, uma antiga proprietária e membro de uma nobre família de Elvas.
Nesta nova existência, a propriedade de 18 hectares tem 14 dedicados à vinha e 10 variedades de uvas. Luis e Helena Marvanejo de Carvalho, os administradores, são a terceira geração de uma empresa familiar dedicada ao comércio alimentar. Contam com uma equipa experiente. Entre eles estão a enóloga consultora Susana Esteban, o enólogo Bruno Pinto da Silva e o viticultor José Luís Marmelo, especialista em viticultura alentejana.
No projeto sobressaem os princípios da viticultura sustentável, combinando boas práticas agrícolas com precisão e gestão racional. A plantação em bacelo bravo, é um dos elementos diferenciadores. Na enologia, em adega externa para já, há um ajuste entre tradição com modernidade, patente no uso combinado do barro, madeira e inox.
O portfolio inicial consta de um Herdade da Amada branco (70% Roupeiro, 18% Arinto e 12% Fernão Pires) e tinto (35% Castelão, 30% Grand Noir, 20%
Aragonez e 15% Syrah), ambos da colheita de 2022. Na forja para sair, em 2024, estão já as novas colheitas juntamente com a estreia de três varietais, um Syrah, um Touriga Nacional e um Alicante Bouschet. A prova da gama e o racional do projeto, prenuncia vir a ser um produtor a ter em conta.