Isto é o fim da macacada
Com Planeta dos Macacos: A Guerra chega ao fim a trilogia que revela o passado do planeta visitado por Charlton Heston em 1968. Estreia quinta-feira, com Woody Harrelson e alguns macacos nos principais papéis
Atrilogia iniciada em 2011 com Planeta dos
Macacos: A Origem e continuada em 2015 com A Revolta chega ao fim esta quinta-feira, 13, quando estrear Planeta
dos Macacos: A Guerra –é o fim da macacada, sim, mas para os humanos.
Aviso: este texto não contém spoilers, por um motivo simples: ele trata a prequela ao filme que originou a saga Planeta dos Macacos – esse, sim, estreado em Portugal em 1968 com um título que estragava a surpresa final ainda antes sequer de o filme começar: O Homem Que Veio do Futuro –, logo, a regra dos spoilers não se aplica, porque já se sabe que sendo o último uma prequela o seu desfecho estará sempre ligado ao que acontece na obra original. Então protagonizado por um Charlton Heston em pico de forma, o filme de 1968 contava a história de três astronautas cuja nave se despenhara num planeta desconhecido onde existe uma civilização de macacos inteligentes e avançados, enquanto os humanos são criaturas selvagens, primárias, sem capacidades linguísticas. Estreado em plena Guerra Fria, o Planeta dos Macacos original teve como subtexto a ameaça nuclear. E ficou célebre o desespero da personagem de Charlton Heston na última cena, em que descobre as ruínas da Estátua da Liberdade e percebe que, afinal, está na Terra, só que num tempo futuro.
Depois de quatro sequelas – O Segredo do Planeta dos Macacos (1970), Fuga do Planeta dos Macacos (1971), A Conquista do Planeta dos Macacos (1972) e Batalha pelo Planeta dos Macacos (1973) – eum reboot por Tim Burton (2001), Hollywood decidiu baralhar e voltar a dar.
Realizado por Rupert Wyatt, Planeta dos Macacos: A Guerra é o terceiro capítulo da nova série que mostra como é que se chegou a este mundo que Charlton Heston conheceu. O filme começa onde termina o anterior, com a chegada do exército americano a São Francisco para combater a revolta comandada por César, o macaco superinteligente que o cientista interpretado por James Franco adoptara em A Origem (Matt Reeves, 2011). Ao tentar desenvolver uma cura para a doença de Alzheimer, Franco acabou por criar um vírus que dizimou a população humana e tornou os macacos inteligentes a ponto de aprenderem a falar.
O protagonista de A Guerra (e de toda a trilogia, na verdade) é César, uma construção digital interpretada pelo “versátil” Andy Serkis (já tinha sido Gollum em O Senhor dos Anéis). O papel de antagonista cabe a Woody Harrelson, o coronel maníaco que não descansa enquanto não conseguir salvar a humanidade.
Com este, a contagem dos filmes Planeta dos Macacos já vai em nove. Uma grande macacada, portanto.
O PROTAGONISTA É CÉSAR, UMA CONSTRUÇÃO DIGITAL INTERPRETADA PELO “VERSÁTIL” ANDY SERKIS