Um momento único
ASÁBADO estava muito longe de saber que as autoridades iam chamar-lhe Operação Lex, mas o subdirector Carlos Rodrigues Lima estava no local pelas 8h34 de terça-feira, dia 30, quando vários investigadores chegaram ao condomínio perto de Algés onde o juiz Rui Rangel vive, para ali efectuarem buscas. O vídeo dessa chegada, um exclusivo, foi colocado no nosso site poucos minutos depois e foi o ponto de partida para o extenso trabalho sobre um momento único na história da justiça e da investigação em Portugal que publicamos a partir da página 26.
“Se esta conseguiu, também quero”
Para a jornalista Sara Capelo, autora do trabalho sobre a busca de restos mortais de militares portugueses perdidos em África, foi significativa a última declaração que lhe fez Conceição Vitoriano Maia, irmã do pára-quedista António Vitoriano e arqueóloga, que participou na missão que encontrou o corpo do irmão e os de mais nove militares (ou 10, os números diferem, como pode ler nas páginas 38 a 43). Esta é a frase – que consegue juntar desespero, esperança e um retrato exemplar da realidade: “Estão esquecidos [os militares]. E as pessoas podem não ter dinheiro para pagar a trasladação, porque são coisas muito, muito caras. Não há uma informação que diga ‘o seu pai morreu, o seu irmão morreu, está aqui. Tem interesse que ele venha?’ Mães já não existem a maior parte delas, mas irmãs há muitas. Por isso é que quando me perguntou se eu podia falar sobre isto, às vezes custa-me imenso, mas eu hei-de falar sempre, porque enquanto sair um artigo há-de haver uma irmã que vai ler e há-de tentar saber. ‘Se esta conseguiu, eu também quero.’ Sei que há muitas irmãs que vão querer mas não têm como. Se eu não tivesse esta profissão, nem sabia para onde me havia de virar. E isso é muito triste.”
Fintar o trânsito – ou não
Fui por culpa da SÁBADO que o cliente recebeu em casa uma sanduíche de porco quase fria. Mas percebeu isso, entendeu – e até aceitou ser fotografado para a reportagem da jornalista Lucília Galha sobre as novas aplicações para entrega de comida ao domicílio. A culpa foi mesmo da SÁBADO por pensar que, no trânsito de Lisboa, podia competir, de automóvel, com a versatilidade de um serviço que utiliza duas rodas – e que, entre outras coisas, pode estacionar em cima do passeio, quando a um automóvel só resta ficar em terceira fila a quatro piscas. Conheça os segredos do negócio a partir da pág. 54.
Mais opinião
A partir desta edição, oferecemos-lhe mais dois espaços de opinião: Vá lá à sua vida, de Carlos Rodrigues Lima, e Novela Gráfica, reflexões sobre a Política e a Justiça e a Economia em Portugal, de Bruno Faria Lopes. Deixa as nossas páginas a coluna O Marginal Ameno, de Nuno Costa Santos.