OS BRUNCHES DO PALÁCIO CHIADO ESTÃO MAIS CRESCIDOS
Às vezes não é o que se diz, é a forma como se diz – e o Palácio Chiado di-lo assim: “Há
brunch e à francesa.” O que este espaço de Lisboa (que junta seis restaurantes e uma confeitaria no mesmo edifício do século XVIII, na Rua do Alecrim) quer dizer, citando o general Junot (1771-1813), é: daqui ninguém sairá com fome. Servidos aos sábados, domingos e feriados entre as 12h e as 16h, os três brunches do Palácio Chiado são ricos (tão ricos quanto a decoração do palácio parece querer prometer a cada sala – impondo-se, acima dos outros, um enorme leão dourado (imagem inspirada na maçaneta da porta de entrada no Palácio) pendurado no tecto de uma das salas). Pedindo o Farrobodó, vemos chegar à mesa uma torrada brioche com bacon, ovo escalfado, molho holandês e abacate (provavelmente a estrela da refeição), pão de mafra, requeijão e tomate, queijo da ilha, paiola e chouriço de porco preto, manteiga, doce de abóbora, cenoura e gengibre, iogurte, granola e fruta da época. Noutro registo, o Sea éum brunch que inclui três ostras no gelo, uma salada montanheira, ovos mexidos com cebolinho, torradas de pão de centeio com atum braseado e
kimchi de pepino, abacate e picle de camarão, salmão braseado com ricota e endro e ainda tomate e pesto. Por fim, o Local Chiado inclui panqueca simples, panqueca
mix, pão de centeio, manteiga de macadâmia, doce de frutos silvestres, ricota, húmus e mel, salada de cereais, salada de legumes, ovos (quentes, mexidos ou frios), iogurte grego ou iogurte de soja, abacate e manga.
Com as três opções, o Palácio Chiado impõe-se como um lugar em que o brunch serve para partilhar. Assim, talvez se possa aplicar outro ditado:
“Não há fome que não dê em fartura.”