O thriller de ficção científica The Crossing mostra como será o futuro daqui a 180 anos
O corpo de um homem dá à costa. Com ele, chegam 499 outros. Quando a polícia começa a investigar, o mistério adensa-se. The Crossing estreia no domingo, 15
Um corpo deu à costa. Não, 500 corpos deram à costa – e uma coisa é substancialmente diferente da outra, dirá o xerife de uma pequena cidade americana. Sem sinal de barcos naufragados ou aviões partidos ao meio, o mar enche-se de gente, com e sem vida, que chega do futuro – e isso é um mistério, dirá depois a detective que chega de fora, de cima, da parte do governo. The Crossing, que estreia este domingo, 15 de Abril, no TV Séries, quer ter o suspense de Lost e a actualidade de um telejornal. Como? Pergunte antes porquê? A resposta: estes sobreviventes vêm de uma guerra que só vai acontecer daqui a 180 anos.
Port Canaan é uma singela cidade piscatória do estado de Washington – uma daquelas cidades onde não acontece coisa alguma até acontecer basicamente tudo. Quando o xerife Jude Ellis (Steve Zahn, que os espectadores estão mais habituados a ver num registo cómico) vê a sua aula de ioga interrompida pela notícia de que um corpo terá aparecido numa praia que normalmente não é visitada, o novelo começa a desenrolar-se. [A crítica internacional já se dedicou, inclusivamente, a explorar a segunda intenção desta urgência de revelar tudo – The Crossing quer ser irmã mais nova de Lost, que nos chegou pela mesma emissora, a ABC] Entre os 500 corpos há 47 que respiram. Tratados como refugiados, vão revelar-se mais do que isso: além de dizerem que estão a fugir de uma guerra que só acontecerá dali a 180 anos, começam a revelar capacidades físicas inimagináveis para o ser humano de 2017.