SÁBADO

EXISTEM AS PESSOAS

- TEXTO ANDRÉ SANTOS

que são fãs dos produtos da Apple, que os defendem até mais não, mas raramente se ouve falar nos defensores da Asus, a companhia de Taiwan que, além de computador­es pessoais, tablets, monitores e telemóveis, também desenvolve componente­s para outras marcas, como a Sony, HP, Compaq e – vejam bem! – Apple. Além disso, ligar um aparelho da Asus significa ser gratificad­o logo no primeiro ecrã com “In search of incredible” ou “Inspiring Innovation. Persistent perfection”. Não é capricho, é uma óptima forma de começar o dia. A Asus tem uma linha dedicada a quem joga no computador, a ROG (Republic Of Gamers), com produtos que, como outros seus, respeitam as afirmações que lhes servem de bandeira. O novo rato feito especialme­nte para jogadores, o ROG Gladius II, é uma evolução do modelo anterior e oferece uma série de caracterís­ticas muito úteis e precisas para jogadores, sem descurar a importânci­a de um rato no seu uso comum, num ambiente de trabalho. O rato, esse objecto que parece tão antiquado quando se deixa levar pelo futuro no presente das funções tácteis ou de câmaras que seguem os movimentos dos olhos, continua a ser a melhor forma de navegar num computador. É um acessório que aborrece pôr na mala quando se anda com o laptop de um lado para o outro, mas ainda é mais prático do que um touchpad. O ROG Gladius II é um excelente rato para a rotina, com sete botões configuráv­eis, que permitem uma navegação fluída no ambiente de trabalho. Instalar novo firmware eo respectivo programa de configuraç­ão que se pode encontrar no site da Asus são essenciais para tirar o máximo partido deste brinquedo, nem que seja para brincar com o seu ciclo de cores que lhe dão um efeito estético engraçado. A perfeição no uso corriqueir­o de um rato é transplant­ada para o ambiente de um jogo. Tem um sensor óptico de 12.000 DPI que permite uma navegação fluída e precisa no ecrã e um botão lateral DPI Target que é um regalo para os momentos de maior precisão nos videojogos: se está a jogar com um sniper num first person shooter, pressionar o botão aumenta ou diminui os DPIs para tornar a pontaria mais precisa. Além disso, os dois botões principais têm vários pontos de pressão, permitindo que a mão de cada um encontre a posição mais confortáve­l para utilização. É um objecto extremamen­te ergonómico e funcional. Em qualquer posição os botões estão próximos dos dedos, quase como uma extensão natural destes. Os comutadore­s, que tanto sofrem com o uso e desgaste, duram 50 milhões de cliques e na caixa vêm dois de substituiç­ão (e são facílimos de substituir). Vem também com dois cabos (ter fios é bom, quanto mais não seja porque dificulta o arremesso do rato contra algo em momentos de frustração), com diferentes extensões, que facilmente se libertam. O único senão é o preço. Apesar das suas fantástica­s caracterís­ticas e a suposta resistênci­a, é um acessório concebido – e avaliado – só para aqueles que querem passar ao próximo nível.

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