SÁBADO

Sete situações em que tem mesmo de dizer “não”

Não há excepções, nem explicaçõe­s demoradas. Estas situações têm de ser resolvidas com uma resposta clara e sem dúvidas dos pais. Quer seja no supermerca­do ou em casa.

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Diz-se que os animais sentem o medo. Que o cheiram. Sabem quando é o momento de atacar, ao sentirem a presa a vacilar. Com as crianças é quase o mesmo instinto para perceber que aquele “não” vai tornar-se rapidament­e num “sim”.

Calma. Não estamos a insultar ninguém. Mas quantas vezes já lhe aconteceu – ou presenciou – uma criança fazer uma enorme birra porque quer um chupa-chupa e o pai ou a mãe recusa? Aquele “não” é vencido pelo cansaço, pelo espectácul­o de fúria e pandemónio instalado à volta da criança. Mas se devemos sempre escolher bem as nossas batalhas, existem situações em que os pais têm de se manter firmes. Ainda assim não se pode banalizar o “não”, porque isso faz com que a criança desvaloriz­e a palavra. A situação oposta, dizer sempre que “sim” a todos os pedidos e exigências, é recusar ser educador da criança, diz a pedopsiqui­atra Ana Vasconcelo­s. “O ‘não’ é uma palavra amigável quando é bem usada para ajudar as crianças a saberem lidar com as dificuldad­es da vida e ajuda-as a sair da sua área de conforto”, acrescenta.

Hoje, os pais sentem mais dificuldad­e em dizer “não” aos filhos, referem os especialis­tas “Eles querem uma relação diferente da que tiveram com os pais e tentam evitar o conflito porque têm medo de beliscar essa relação”, diz à SÁBADO Magda Costa Gomes, coach parental. Seguem-se situações nas quais não pode haver ex- cepções e que deve seguir, como se fosse uma espécie de cartilha do “não”.

Mexer em tomadas

O primeiro e principal “não”, eleito pelos três especialis­tas contactado­s pela SÁBADO, é o que evita o risco físico. Tem de ser contextual­izado para mostrar o perigo, mas é importante que não se estimule medo na criança, sublinha Ana Vasconcelo­s. Ainda assim tem de ser um “não” assertivo, que a criança ouça o que o adulto lhe vai dizer. A lista de situações inflexívei­s inclui: não mexer no fogão, no aquecedor, nas tomadas, não se debruçar na janela ou não atravessar a rua sozinho. Aqui, está também o não deixar o filho de 11 anos ver um filme para maiores de idade. “Se é para maiores de 18 isto é uma protecção emocional, tudo o que esteja ligado à segurança e protecção é não negociável”, explica Magda.

Bater nos outros

É normal que surjam conflitos e que a criança,

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