Tricking: saltar por amor ao desporto
Hugo Lopes foi um dos primeiros praticantes de tricking em Portugal. Agora é organizador de um dos maiores eventos da modalidade
HUGO LOPES É QUASE UM NINJA CONTEMPORÂNEO – mas sem instintos assassinos. É um atleta que pratica tricking, modalidade que junta a disciplina e algumas técnica de artes marciais (como o taekwondo) com o apelo visual dos mortais e piruetas da ginástica e do breakdancing. Afirma ter sido o primeiro praticante desta modalidade em Portugal, no final da década de 90. Desde que começou a treinar, aos 13 anos, Hugo já bateu recordes nacionais, abriu uma academia para treinar a próxima geração de tricksters e criou um evento que espera vir a tornar-se o maior do mundo dentro da modalidade: o No Gravity, que vai este ano para a segunda edição. Com 32 anos, pratica tricking há 19, e por causa disso pode muito bem ser a maior autoridade nesta modalidade em Portugal. Ultimamente tem investido mais na formação de jovens do que no seu próprio treino. Abriu a academia Tricking Portugal e dá treinos quase diariamente. Garante que há ainda um longo caminho a percorrer antes de Portugal estar ao nível dos grandes competidores internacionais, mas o caminho vai-se trilhando. De momento tem outra coisa no pensamento: o No Gravity 2, evento de tricking em Portugal que tem já pelo menos 300 atletas confirmados, entre eles alguns dos melhores do mundo. “Vêm mais, de certeza”, assegura. Confia em que, daqui a uns anos, o No Gravity será o maior evento do mundo dentro da modalidade.
No fim-de-semana de 6 a 8 de Julho a praia de Carcavelos será a capital mundial de tricking. “Vamos ter três dias de competições com os melhores do mundo, workshops, competições infantis, competições de selecções e, acima de tudo, muito convívio”, diz Hugo Lopes, que olha para este convívio como uma oportunidade de mostrar o que de melhor se faz neste desporto. O trickster espera tornar o No Gravity o maior evento de sempre da modalidade muito graças ao espaço onde é organizado: “Estar ali em Carcavelos, ao pé do mar, é um grande ponto a favor”, assegura. Depois de saltos e cambalhotas, nada como um bom mergulho. E talvez uma cerveja.
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