AS PORTAS GIRATÓRIAS DO PETRÓLEO
São muitas as ligações entre responsáveis políticos e a petrolífera que tem com a Eni a concessão do furo ao largo de Aljezur.
No contrato de concessão para a prospecção de petróleo ao largo de Aljezur surge a assinatura de Miguel Barreto. Na altura, como director-geral de Energia e Geologia, assinou com a Galp – num consórcio que incluía a Hardman e a Partex – o contrato que permitiria a pesquisa de hidrocarbonetos na costa alentejana. Há pouco mais de um mês vendeu à Galp por 90 milhões de euros a sua empresa de energia solar.
Esta semana, foi notícia por estar a ser investigado na Suíça por suspeitas de branqueamento de capitais. Segundo o Observador, as autoridades suíças estarão a seguir o rasto a 1,4 milhões de euros para uma conta em nome de Miguel Barreto e da mulher, que corresponderão ao paenquanto gamento feito pela EDP por 40% do capital social de uma empresa de certificação energética vendida por Barreto à eléctrica.
Miguel Barreto já é arguido por suspeitas de corrupção, tráfico de influências e participação económica em negócio. Em causa estão suspeitas em torno da atribuição de uma licença ilimitada de exploração da central térmica de Sines à EDP, Barreto era director-geral de Energia e Geologia.
À SÁBADO, fonte oficial da Galp explica a compra da Goldenalco – a empresa de Miguel Barreto – com as novas “linhas estratégicas de actuação da empresa, que incluem a realização de investimentos para a produção de energia de baixa intensidade carbónica”. Mas não entra em pormenores sobre como foi feita a avaliação deste activo. “A Galp adquiriu uma empresa detentora de licenças de produção solar, sendo o seu valor público e publicado em relatório e contas num valor inferior a 1 milhão de euros”, limita-se a responder a petrolífera. Histórias como as de Miguel Barreto têm feito os activistas da luta antipetróleo passarem a pente fino as
MIGUEL BARRETO É ARGUIDO POR CAUSA DE UMA VENDA FEITA À EDP NA SEQUÊNCIA DA ATRIBUIÇÃO DE UMA LICENÇA